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Moçambola 2024 terá árbitros de elite

O presidente da Comissão Nacional de Árbitros de Futebol (CNAF), Francisco Machel, diz que será criado um grupo de árbitros de elite para dirigir os jogos do Moçambola, de modo a garantir mais qualidade e menos polémicas.

O Moçambola 2024 arranca na segunda quinzena do próximo mês de Abril e  uma das maiores preocupações é a questão dos árbitros que, vezes sem conta, têm sido o centro das atenções, devido às más actuações e que, por vezes, têm prejudicado algumas equipas.

Por isso mesmo, a Comissão Nacional de Árbitros de Futebol (CNAF) vai trabalhar com o pessoal de arbitragem no combate a este mal, que não dignifica a classe. Francisco Machel diz que, no seu primeiro ano de mandato na instituição, vai trabalhar no sentido de repor a ordem com vista a evitar confusões nos campos e vai apostar na sensibilização e na escolha daqueles que estão mais aptos a fazer um trabalho positivo.

A este grupo de juízes, Francisco Machel chamou de “árbitros de elite”, o que vai permitir uma redução do número dos árbitros que dirigem jogos do Moçambola. Este grupo será criteriosamente seleccionado do conjunto de cerca de 180 árbitros de categoria nacional.

“Temos tido aqui confusões, mas, no nosso primeiro ano de liderança, vamos procurar repor aquilo que é a ordem, conversando com os árbitros no sentido de fazerem um bom trabalho”, defendeu Francisco Machel, que confirmou a redução do número de árbitros que são indicados para dirigir os jogos do Moçambola.

Ademais, de acordo com o líder máximo da Comissão Nacional de Árbitros de Futebol, “vamos definir um grupo restrito e de elite. Dentro em breve indicaremos quantos precisaremos para trabalhar com eles na principal competição, que é o Moçambola”, frisou, realçando que já há um número pré-definido, mas não avançou os nomes.

Francisco Machel defendeu esta teoria durante a entrega das insígnias aos árbitros internacionais da FIFA para este ano 2024, numa lista que inclui dois novos juízes nacionais que ascendem à categoria internacional.

“É um grande orgulho que nós temos como CNAF e, neste âmbito em que nós estamos apenas aqui a entregar as insígnias aos árbitros internacionais que nós temos aqui em Moçambique, temos dois novos, uma é mulher, árbitra central, de Lichinga. Portanto, isso representa um orgulho para o país”, disse Francisco Machel na ocasião.

Para a Federação Moçambicana de Futebol, representada no acto pelo respectivo secretário-geral, Hilário Madeira, a entrega de insígnias aos árbitros que estão capacitados para ajuizar jogos internacionais é um orgulho para o país.

“Esta classe é uma das mais sacrificadas e, nos últimos anos, temos sido solicitados em várias provas do mundo, e é sinal de que temos estado a fazer um bom trabalho e o desafio é estarmos em mais provas e termos mais quartetos para árbitros do sexo feminino e acreditamos que vamos ter sucessos nas provas que vão ser realizadas nos próximos dias”, disse Madeira.

Sabe-se que, nos últimos dias, a Comissão Nacional de Árbitros de Futebol tem estado a realizar testes médicos e físicos aos árbitros moçambicanos, como forma de filtrar os melhores para o Moçambola.

 

CELSO ALVAÇÃO ÚNICO APROVADO EM INHAMBANE

Em Inhambane, os árbitros foram submetidos a testes de aptidão física este fim-de-semana e apenas três foram aprovados, entre eles um árbitro do centro e dois assistentes.

Ao todo, foram 23 árbitros das categorias nacional e provincial testados neste sábado no Campo Municipal Valdemar de Oliveira Fernandes, na cidade de Maxixe. Destes, apenas Celso Alvação passou nos testes que incluíam corrida de resistência. Andílo Mamudo e Eugénio Nhatave não aguentaram, caíram na corrida de resistência e ficaram em terra.

Nos testes envolvendo as árbitras, todas foram chumbadas, incluindo Luísa Brisilão, única juíza assistente em Inhambane que era chamada a jogos do Moçambola.

Castro Betane e Inocêncio Virgílio, árbitros assistentes de categoria nacional, ficaram aprovados nos testes de aptidão física.

Para já, os árbitros reprovados serão submetidos a outros testes que vão decorrer ao longo da época, depois da primeira volta do Moçambola. As próximas escaladas da CNAF para testes aos árbitros serão no Centro e Norte do país.

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