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Moçambique quer introduzir a nova vacina contra malária

Foto: O País

O país quer implementar a vacina “Mosquirix”, como ferramenta de combate e controlo da malária, mas, para tal, primeiro deverá candidatar-se. O imunizante, recentemente aprovado e  recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), conta com a mão moçambicana.

A malária continua a ser um dos principais problemas de saúde pública no país, afectando maioritariamente crianças menores de cinco anos de idade e  mulheres grávidas. A 6 de Outubro corrente, a OMS aprovou e recomendou o uso alargado da vacina  contra a malária, designada “Mosquirix”, conhecida em Moçambique pelo nome científico RTS,S. O país participou activamente para o seu desenvolvimento clínico, através do Centro de Investigação em Saúde de Manhiça.

A vacina tem como grupo-alvo crianças  a partir de cinco meses de idade e deve ser administrada em quatro doses consecutivas. Para ter acesso à vacina RTS,S, Moçambique deverá candidatar-se junto a organismos competentes, como explica o investigador sénior do Centro de Investigação em Saúde de Manhiça e também coordenador da área da Malária, Pedro Aide.

“Finalmente, a vacina está recomendada para o seu uso, agora, seguem-se os passos habituais. O país realmente deve candidatar-se a incluir esta vacina nos nossos programas de vacinação, mas claramente esta é uma decisão que depende do Ministério da Saúde e do Governo de Moçambique”.

O programa piloto da vacina contra a malária teve lugar em três países africanos, nomeadamente, Gana, Quénia e Malawi, onde já foram administradas 2,3 milhões de doses, beneficiando 800 mil crianças. Segundo Francisco Saúte, diretor-geral do CISM, a nova vacina, pela sua eficácia, é um passo muito importante na luta contra a malária.

“A nova vacina em causa pode salvar dezenas de milhares de pessoas anualmente e reduzir a mortalidade em África, incluindo em Moçambique.”

Refira-se que Moçambique faz parte dos seis países que concentram metade dos casos de malária em todo o mundo, segundo dados da OMS de 2019.

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