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Moçambique quer construir um Memorial da Paz em Gorongosa

A 6 de Agosto de 2019, o Governo e a Renamo assinaram, na Cidade de Maputo, o Acordo de Paz Definitiva, que, naquela altura, pôs fim às hostilidades armadas entre moçambicanos. Passados cinco anos, Moçambique pondera fazer de Gorongosa, na província de Sofala, um ponto de excelência em prol da paz, no país, na região austral e no mundo. Para o efeito, segundo disse o Presidente da República, Filipe Nyusi, o país pretende construir um Memorial da Paz na Serra da Gorongosa.

No seu discurso, Filipe Nyusi revelou que o Governo partilhou a pretensão de construir o Memorial da Paz em Gorongosa com a liderança da Renamo, pois, conforme acredita, dessa maneira, o local poderá contribuir para que a Serra de Gorongosa deixe de ser associada às questões de guerra e de morte, e passe a servir de fonte de inspiração para as actuais e as futuras gerações.

Com o Memorial da Paz, o Presidente da República espera estimular a reflexão cada vez mais necessária sobre as relações entre os homens, e entre os homens e a natureza. O propósito é, igualmente, que Gorongosa se torne um ponto de partida para que todos possam pensar e compreender como uma nação pode ultrapassar diferenças e promover harmonias sociais entre os cidadãos.

Para o Presidente da República, a ser construído, o Memorial da Paz na Serra de Gorongosa terá uma importância simbólica considerável.

Mesmo a propósito da violência desnecessária causada pelo Homem, no seu informe, o Presidente da República referiu-se ao terrorismo em Cabo Delgado. Segundo disse, a situação minimizou o esforço do Governo em levar o país ao desenvolvimento. Sem deixar de se referir às vítimas mortais, aos feridos, aos deslocados que voltaram às zonas de origem e aos que resolveram fixar-se noutros locais, Filipe Nyusi disse que o Governo continua a fortalecer a capacidade combativa, mesmo depois da retirada das forças da SADC, agora, com a preciosa ajuda do Ruanda. Também por isso, disse, o controlo da situação pelas Forças Armadas tende a melhorar. Concorre, nesse sentido, o trabalho que se tem desenvolvido com as comunidades.

Nas zonas afgectadas pelo terrorismo, Nyusi disse que decorrem acções de estabilização da segurança, assistência aos afectados, construção de infra-estrutura e fornecimento de serviços básicos. Inclusive, o país mobilizou mais de 200 milhões de dólares para a reconstrução de Cabo Delgado e de toda a região Norte.

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