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Moçambique já não vai organizar jogos da AUSC em 2024

Foto: LanceMoz

Moçambique já não vai organizar, em 2024, os Jogos do Conselho Superior do Desporto da União Africana – Jogos da Região 5 da União Africana (AUSC-R5), passando a Zâmbia a sediar o evento. A Secretaria de Estado de Desporto fala de elevados custos, perto 1,3 mil milhões de Meticais, num ano de grandes realizações desportivas e políticas. A Reunião do Secretariado do Sector do Desporto da Região 5 do Conselho do Desporto da União Africana, evento que terminou no domingo, em Maputo, confirmou a decisão.

Não será desta que o país voltará a juntar, vinte anos depois, cerca de seis mil pessoas para darem corpo aos jogos do Conselho de Desporto da União Africana, AUSC, Região 5.

É que, em ano de várias realizações desportivas como os Jogos Africanos de ACRA, no Gana; Jogos Olímpicos Paris 2024; Jogos Desportivos Escolares e eleições gerais, o Governo entende ser dispendioso organizar uma prova que vai acarretar custos elevadíssimos. O executivo fala também dos efeitos provocados pelo ciclone Freddy, que deixou um rasto de destruição e forçou intervenções em sectores-chave.

O director de Desporto de Alto Rendimento, Francisco da Conceição, confirmou que Moçambique e a Zâmbia chegaram a acordo para que os zambianos possam acolher a prova, em 2024, e o país sediar a mesma dois anos depois.

“Nós temos vários cenários que podem ter contribuído para que Moçambique não possa organizar os Jogos da AUSC-R5 em 2024: há uma enorme pressão sobre os recursos financeiros do nosso país em 2024. Vale lembrar que, sob o ponto de vista desportivo, no próximo ano haverá a realização dos Jogos Africanos em Acra, teremos os Jogos Olímpicos em Paris, teremos em 2024, os Jogos Desportivos Escolares, e terão lugar as Eleições Gerais. Portanto, há um conjunto de actividades que vão pressionar muito, sob o ponto de vista de tesouraria, o Estado moçambicano, pelo que se chegou à conclusão de que, ao trazer os jogos nessa altura, nós teríamos alguns desafios que poderiam perturbar o bom andamento dos jogos”, explicou Francisco da Conceição.

O certo é que o país se comprometeu, ano passado, a acolher este evento mesmo sabendo que, em 2024, terá pela frente o desafio de participar em várias competições internacionais, definidas como prioritárias.

Porque, afinal, a SED não olhou atempadamente o calendário desportivo antes mesmo de assinar acordos com o Conselho Superior do Desporto da União Africana? Esta foi a colocação feita a Francisco da Conceição, ao que respondeu: “Temos vindo a participar de forma frequente nos Jogos da AUSC-R5. É verdade que no ano passado tivemos uma participação significativa em termos quantitativos de atletas, porque nós íamos receber os jogos e havia necessidade de apresentar a imagem do país e termos a maior representatividade possível. Às vezes, temos desafios que fazem com que a gente não possa levar as modalidades colectivas e apostemos nas modalidades individuais que, por acaso, até têm representado condignamente o país lá fora.”

 

FEDERAÇÃO E ASSOCIAÇÃO DE CLUBES DIVERGEM SOBRE ARRANQUE DA LIGA ANGOLANA

A Federação Angolana de Futebol (FAF) e a Associação Angolana de Clubes (ANCAF) divergiram hoje sobre o arranque da Liga profissional em Angola, semanas depois de os clubes anunciarem a pretensão da sua implementação na próxima época.

O presidente da FAF, Artur Almeida e Silva, não confirmou a implementação da Liga na próxima época, por considerar faltar ainda melhor sintonia entre as duas instituições, e adiantou apenas que na época 2023/2024 a FAF vai trabalhar para o aumento financeiro por parte do consórcio (Sonangol, Endiama e Sodiam), empresas angolanas que patrocinam o Girabola.

Já o presidente da ANCAF, Alves Simões, disse que os clubes cumpriram com todos os trâmites jurídico-administrativos para a efetivação da Liga de futebol em Angola já na próxima época.

Alves Simões, que disse que a Liga depende apenas da FAF, defendeu a aceleração do processo e consequente implementação urgente da prova, de modo a conferir nova dinâmica ao futebol angolano no que tange a adesão de patrocinadores, qualidade desportiva e melhor aproveitamento das infraestruturas.

Entretanto, o O Petro de Luanda, comandado pelo treinador português Alexandre Santos, vai receber 25 milhões de kwanzas (cerca de 45 mil euros) pela conquista, no domingo, do campeonato angolano de futebol.
m jogo da 29.ª jornada, Kinito, aos 15 minutos, e Tiago Azulão, aos 56, marcaram os golos, que levaram os bicampeões angolanos a conquistar o 17.º campeonato, com 69 pontos, a uma jornada do fim do campeonato.

Com esta derrota, o Interclube caiu de terceiro para quinto, com 49 pontos.

O Petro de Luanda não vai jogar a última jornada por força de calendário.

O Desportivo da Huila, sob comando do treinador português Paulo Torres, venceu o Desportivo da Lunda Sul por 4-3.

Leonel, aos seis minutos, 36 e aos 45, e Jenibi, aos 18, marcaram os golos dos vencedores, enquanto Balakay, aos 35 e 70, e Betinho, aos 55, foram os autores dos golos dos derrotados.

O 1.º de Agosto, segundo classificado, com 60 pontos, perdeu diante do Wiliete de Benguela por 1-0, na província angolana de Benguela, após golo de Nelito, aos 45 minutos.

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