O país já está livre da quarta vaga da COVID-19. A informação foi hoje revelada pelo Instituto Nacional de Saúde depois de constatar a redução de indicadores, como a taxa de mortalidade, transmissão e ocupação de camas nos centros de internamento.
A doença chegou. Encontrou-nos todos inexperientes. Não tardou para percebermos que era uma realidade que o mundo todo está a enfrentar. Houve decretos que estabeleceram protocolos. Seguiu-se. Vencemos a primeira vaga, a segunda e a terceira.
A guerra continuou! Moçambique venceu mais uma batalha na luta contra o Coronavírus, mas o inimigo continua à solta.
“Nós observamos que, há cerca de quatro semanas, nós temos baixas taxas de positividade, letalidade e ocupação de camas que são muito similares àquilo que nós observamos antes do início da quarta vaga. Isto significa que os indicadores mostram que chegamos ao fim da quarta vaga”, revelou Ivalda Macicame, directora nacional para área dos Inquéritos no Instituto Nacional de Saúde, alertando que tal não significa o fim da pandemia.
Olhando para os indicadores, a taxa de positividade, que já chegou a mais de 43 por cento, está, neste momento, em um, ou seja, o número de pessoas que testa positivo para a COVID-19 do total de testados tem sido baixo.
“Isto significa que a transmissão está numa fase que a transmissão é baixa para a COVID-19, neste momento. Isto se reflecte no número de novos casos que temos registado em todas as províncias do país nos últimos dias e nas últimas semanas”, explicou Ivalda Macicame.
A circulação do vírus reduziu e também a sua capacidade de matar. A letalidade que já atingiu um por cento está, agora, muito abaixo disso. “Pode não parecer uma diferença muito grande um para 0.3, mas isso significa que o número de óbitos baixou em aproximadamente sete vezes. Quer dizer que estamos, também, num momento em que a COVID-19 tem levado muito menos óbitos do que em momentos de alta transmissão da doença”, esclareceu a directora nacional para área dos Inquéritos no Instituto Nacional de Saúde.
Baixou, igualmente, o nível de ocupação de camas nos centros de internamento e tratamento da COVID-19. Aliás, alguns sequer têm pacientes.
O centro de referência no internamento e tratamento de pacientes com COVID-19, Polana Caniço, tem apenas três doentes internados, dois dos quais em estado grave e que não tomaram nenhuma dose da vacina.
Não obstante a redução, diga-se drástica, de internamentos, Polana Caniço está em prontidão combativa, até porque a 5ª vaga pode chegar a qualquer momento.
“Nós aproveitamos esse momento para nos preparar para uma eventual quinta vaga. Estamos a fazer o levantamento dos equipamentos existentes e algumas necessidades para a próxima onda em termos, também, de recursos humanos para vermos como é que estamos e se vamos precisar de reforço”, avançou Marino Marengue, director clínico do Hospital Geral da Polana Caniço.
Para reforçar Polana Caniço, foi aberto o centro de internamento de Mavalane, com capacidade para cerca de 320 camas. Não há nenhum paciente com Coronavírus. Respira-se de alívio, tanto que as portas estão encerradas para os pacientes com COVID-19.
“O Serviço de Saúde da cidade decidiu que o Hospital Geral de Mavalane deve voltar a funcionar normalmente. Portanto, já não deve mandar os doentes de medicina interna para o Hospital Geral José Macamo”, revelou Mário Jacob, director-geral do Hospital de Mavalane
E para voltar a receber os pacientes com doenças comuns, os quartos que acomodavam os infectados com COVID-19 estão a ser pulverizados, de modo a evitar riscos de contaminação pelo Coronavírus.