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Moçambique deve criar um novo modelo de negócio com base na cultura

A cultura é a alma de um povo, que, bem explorada, gera muitos rendimentos aos artistas e ao país. Para o efeito, é necessário que se acredite nas potencialidades das diversas manifestações artísticas e culturais. Esta é a visão de Moreira Chonguiça, saxofonista que, neste fim de manhã, na 5ª edição da MOZTECH, a realizar-se no Centro de Conferências Joaquim Chissano, inaugurou o painel “Novos modelos de negócio – preciso ter produto para vender?”.

Ao longo do seu discurso, o saxofonista afirmou que é necessário recriar um novo modelo de negócio no país. No entanto, tal necessidade é de difícil concretização porque ainda não se estruturou o que Moçambique tem de melhor: a cultura. A questão central é, pergunta Chonguiça: “como criar segurança e apetite para o sector privado vir até nós não como patrocinador, mas como parceiro?”. Deixando a pergunta no ar, sublinhou que não se pode ter novos modelos de negócio sem estrutura. E, além disso, o maior problema para os artistas, avança, é não haver confiança nas questões culturais, porque a cultura é vista à margem.

Moreira Chonguiça sonha com os artistas a viver da arte, o que não é possível enquanto persistir a teoria de antecipação negativa em relação ao que considera causas nobres da sociedade. Segundo entende Chonguiça, é preciso apropriar-se de experiências de outros locais, África do Sul, por exemplo, onde se faz de museus e do jazz factores de atracção de receitas. “Maputo é uma das cidades mais criativas do mundo, mas isso não se nota porque não existe sincronização dos acontecimentos artístico-culturais”.

Chonguiça coloriu a sua abordagem e as suas posições sobre o poder da arte e da música, em particular, convidando More Jazz Big Band a intervir com acordes do saxofone.

 

 

 

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