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Moçambique desiste do Afrobasket por falta de dinheiro

Foto: O Pais

A selecção nacional de basquetebol em seniores femininos desiste da sua participação no Afrobasket, evento que terá lugar de 17 a 26 do mês em curso, na capital camaronesa, Yaoundé. A Federação Moçambicana de Basquetebol (FMB) diz que necessita de 10 milhões de meticais para viabilizar a participação das “Samurais” nesta prova, valor que, no entanto, não tem.

Para além da falta de fundos, a FMB alega não haver condições em termos organizacionais para que a selecção se faça presente neste evento. O organismo que superintende o basquetebol moçambicano alega ainda a indisponibilidade de pavilhões para a preparação das “Samurais”. Em relação à indisponibilidade dos pavilhões, Sebastião excusou-se a aprofundar o assunto.

O presidente da FMB, Roque Sebastião explicou que, muitos parceiros mostraram a sua indisponibilidade em abraçar este projecto, razão pela qual o organismo que dirige não conseguiu os cerca de 10 milhões de meticais necessários. Por isso, Sebastião apela à sociedade para que se engaje cada vez mais em assuntos que dizem respeito à modalidade da “bola ao cesto”.

Moçambique poderá ser penalizado pela não participação neste evento, podendo pagar multa ou então ser suspenso desta prova durante um certo período. Roque Sebastião afirma que a FMB está consciente disso, mas não havia outra saída senão a que foi tomada.

A Federação Moçambicana de Basquetebol diz ter comunicado à Secretaria do Estado do Desporto (SED) sobre a não participação da selecção nacional sénior feminina no afrobasket. Todavia, diz que este órgão ainda não se pronunciou, o que poderá acontecer nos próximos dias.

O seleccionador nacional, Nasir Salé, lamenta a situação, mas mostra-se disponível a abraçar outros projectos da FMB. Para Nasir Salé é necessário que, a partir de já, se faça um trabalho aturado, ao nível das camadas de formação.

Moçambique é a quarta melhor selecção de África e finalista vencido por duas vezes, em 2003 e 2005, respectivamente contra Nigéria e Angola, em Maputo. Aliás, não só em áfrica que as “Samurais” têm a sua marca registada, mas também no mundo, pois em 2014, pela primeira vez, disputaram o campeonato do mundo, na Turquia.

Esta é, por sinal, a primeira vez que, por desistência, a selecção sénior feminina falha um afrobasqueket. Nas últimas duas edições, 2017 e 2019, que tiveram lugar no Mali e Senegal, a selecção feminina de basquetebol ocupou a quarta posição.

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