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Moçambique busca experiência da Finlândia para sucesso do Fundo Soberano

Foto: O País

Moçambique busca dos deputados finlandeses experiências na implementação de estratégias legais para o sucesso do Fundo Soberano. Em causa está o crescimento do sector da indústria extractiva no país. A informação foi avançada, esta terça-feira, após um encontro com a presidente da Assembleia da República na Cidade de Maputo.

Na Finlândia, o sector da indústria extractiva contribuiu, em 2021, com cerca de 25% na economia, um cenário que não se verifica no país. Em Moçambique, o setor contribuiu, no mesmo período, com mais de 10% no Produto Interno Bruto.

E é sobre este aspecto que se cingiu o encontro entre os deputados finlandeses e a presidente da Assembleia da República.

“Em termos de estudos, estamos a colher experiência do lado da Finlândia, sobre como é que eles fazem a gestão do Fundo Soberano, que ainda está a ser trabalhado pelo Parlamento para que possa ter um reflexo positivo em termos de experiência daquilo que a Finlândia tem, também em termos de legislação”, avançou o porta-voz da presidente da Assembleia da República, Oriel Chemane.

O chefe dos deputados finlandeses que visitam o país disse que esta é uma oportunidade de fortalecimento da cooperação entre os dois países.

“Nós vamos ter uma conversa com os deputados da Assembleia da República moçambicanos, em Maputo, porque queremos continuar com os projectos de cooperação nas diversas áreas”, referiu Iohannes Kskinem, chefe da delegação finlandesa.

NOVO DIPLOMATA BRASILEIRO QUER REAVIVAR PROJECTOS ENTRE MOÇAMBIQUE E BRASIL

Na mesma ocasião, a presidente da Assembleia da República, Esperança Bias, recebeu o novo embaixador do Brasil, que destacou os passos de cooperação nos próximos anos.

“O uso do gás natural, sobretudo diante dos compromissos internacionais que Moçambique e o Brasil têm no sector da preservação ambiental, no sector da transição com uma matriz energética de uma energia limpa de como nós também podemos cooperar, e não só, cooperação técnica em termos de intercâmbio de conhecimento, tecnologias entre os dois governos, mas sobretudo da sociedade civil, envolvendo o empresariado, os centros de produção de conhecimento, universidades”, disse Ademar Seabra da Cruz, novo embaixador do Brasil.

Sobre as áreas de cooperação, o maior enfoque é a assistência do recente Plano Estratégico de Desenvolvimento do Sector Agrário, chamado PEDSA II, que será implementado até 2030.

“Nós queremos aproximar os dois países nos sistemas parlamentares, alargar a cooperação de nos projectos em diferentes ministérios, com destaque na área agrícola, no caso do Ministério da Agricultura, queremos acompanhar a estratégia executiva, Plano Desenvolvimento Agrário lançado há pouco tempo pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, e nós gostaríamos de intercambiar as experiências em torno disso”, ressaltou o diplomata.

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