O Instituto Nacional de Saúde (INS) realizou esta segunda-feira, o lançamento do ensaio clínico de Fase II, ECOVA-02 em Moçambique, com vista a avaliar o uso combinado de duas vacinas diferentes contra a COVID-19 em adultos.
Segundo o director-geral do INS, Ilseh Jani, o estudo, liderado pelo INS, com apoio do Instituto Internacional de Vacinas (IVI), e financiado pela Coligação para a Inovação na Preparação de Resposta às Epidemias (CEPI), avaliará a segurança e imunogenicidade de um esquema de duas doses usando as vacinas BBIBP-CorV da Sinopharm (Vero Cell) e Ad26.COV2.S da Johnson & Johnson, administradas com 28 dias de intervalo, em comparação com regimes homólogos correntemente em uso.
“Ambas vacinas foram aprovadas pela Organização Mundial da Saúde e actualmente fazem parte do programa de vacinação contra a COVID-19, em Moçambique”, lê-se no comunicado do INS.
O IVI é uma organização intergovernamental, sem fins lucrativos, criada em 1997 por iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O IVI integra 36 países e a Organização Mundial da Saúde (OMS) em seu tratado, incluindo Coreia, Suécia, Índia e Finlândia como financiadores estatais.
O IVI tem como mandato tornar as vacinas disponíveis e acessíveis para as pessoas mais vulneráveis no mundo. O IVI tem colaborado com o INS em vários programas ligados a doenças de carácter epidémico e endémico.
A CEPI é uma parceria inovadora entre organizações públicas, privadas, filantrópicas e civis, lançada em Davos, Suíça, em 2017, para desenvolver vacinas contra futuras epidemias. Antes da COVID-19, o trabalho da CEPI tinha como foco o desenvolvimento de vacinas contra o vírus Ébola, vírus Lassa, síndrome respiratória do Médio Oriente, Coronavírus, vírus Nipah, vírus da febre do Vale do Rift e vírus Chikungunya.
A CEPI tem em desenvolvimento mais de 20 candidatas a vacinas contra esses patógenos. A coligação também investiu em novas plataformas tecnológicas para o rápido desenvolvimento de vacinas contra patógenos desconhecidos.