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Moçambique adere à iniciativa colaborativa de recolha de dados do BAD

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) alargou a Moçambique a adesão a um sistema digital de supervisão de dados conhecido como projecto RASME (Remote Appraisal Supervision, Monitoring, and Evaluation), tornando-o no sexto país africano a beneficiar-se da ferramenta que melhora a recolha de dados relacionados com os projectos em áreas remotas.

O RASME é uma parceria do BAD e da iniciativa Geo-Enabling do Banco Mundial para Monitorização e Supervisão e das equipas KoBoToolbox. O conjunto de ferramentas de recolha de dados digitais a ser utilizado para o projecto RASME baseia-se na plataforma KoBoToolbox, uma solução TIC de código aberto desenvolvida por investigadores afiliados à Iniciativa Humanitária de Harvard.

A iniciativa utiliza dispositivos móveis e computadores pessoais para permitir ao pessoal do Banco a recolha remota de dados digitais do projecto directamente do campo, em tempo real. O início da crise da Covid-19 acentuou a necessidade de ferramentas de recolha de dados à distância.

A vice-ministra da Economia e Finanças, Carla Louveira, e o gestor nacional do BAD, César Mba Abogo, lançaram oficialmente a iniciativa a 7 de Março corrente.

“A operacionalização da RASME irá reforçar a capacidade de supervisão e monitorização da implementação de projectos e apoiar um processo de tomada de decisão mais eficaz”, disse Louveira.

A implementação do RASME é impulsionada pelo departamento de IT Corporativo do BAD, em parceria com a equipa do Banco Mundial da iniciativa Geo-Enabling for Monitoring and Supervision (GEMS) – Fragility, Conflict, and Violence (FCV), e a fundação KoBoToolbox.

“O Banco Africano de Desenvolvimento está determinado a apoiar a África a reconstruir corajosamente, mas de forma inteligente, prestando maior atenção ao crescimento de qualidade. Isto força o Banco a reiniciar-se constantemente e a inovar para enfrentar os desafios que o continente enfrenta. O RASME faz parte deste reinício, deste espírito de inovação que caracteriza a nossa instituição e que, neste caso, é apoiado pela eficácia deste recurso que temos visto na experiência de outras instituições”, afirmou Abogo.

Após o lançamento, o pessoal de implementação do projecto em Moçambique recebeu três dias de formação presencial. Em Novembro de 2021, a RASME de Desenvolvimento Africano foi implantada em cinco países da região da África Central, nomeadamente, Gabão, Camarões, Chade, República Democrática do Congo (RDC) e República Centro-Africana (RCA).

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