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Moçambicanos envolvidos na pesquisa da vacina contra Ébola

Oitenta e quatro voluntários moçambicanos estiveram envolvidos na pesquisa da vacina candidata à cura do Ébola, cujos resultados indicam que a mesma é altamente eficaz para ser administrada em seres humanos.

Os estudos nos quais os voluntários do Instituto Nacional de Saúde (INS) participaram foram realizados em Moçambique, na Uganda, Tanzânia, Nigéria, no Quénia e nos Estados Unidos da América (EUA).

Em Moçambique não existe registo de casos do Ébola, mas o facto de ser um país com movimento migratório elevado torna-se vulnerável à doença.

Foi neste contexto que 84 voluntários moçambicanos do INS, através do Centro e Treino em Saúde da Polana Caniço, juntaram-se a uma equipa de pesquisa da vacina contra o Ébola, desde 2017.

Durante os trabalhos, a vacina não indicou efeitos colaterais graves para ser usada em humanos. A mesma já esta disponível na Comissão Europeia e o próximo passo será garantir a sua liberalização para países africanos.

“Esta vacina mostrou ser capaz de gerar uma resposta imune contra o vírus Ébola em 99% dos participantes dos países africanos. Após a realização deste ensaio, foi registado o segundo maior surto de Ébola na República Democrática do Congo”, tendo a OMS recomendado “o uso desta vacina” que já “foi administrada em mais de 50 mil pessoas”, explicou a médica investigadora, Márcia Massinga.

Ébola é uma doença causada por um vírus de mesmo nome e o principal sintoma é a febre hemorrágica, que causa sangramentos em órgãos internos. Os sintomas da enfermidade incluem vómitos, diarreia, erupção da pele, entre outros. O vírus é originário da África, onde surtos esporádicos ocorrem ao longo de décadas.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), trata-se de uma enfermidade grave e muitas vezes fatal, com uma taxa de letalidade de até 90%,

A doença é transmitida através do contato directo com o sangue, fluidos corporais e tecidos de animais ou pessoas infectadas.

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