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MISAU volta a realizar campanha de vacinação contra pólio para reforçar imunidade

Foto: UNICEF

Arrancou em todo o país a nona campanha de vacinação contra a pólio, que vai abranger cerca de 22 mil pessoas de até 15 anos de idade. O processo custa ao Estado moçambicano 11 milhões de dólares. O vice-ministro da Saúde diz que o objectivo é erradicar a pólio em Moçambique.

O país já esteve livre do vírus que causa a poliomielite, mas voltou a ter ameaças, depois de terem sido registados 33 casos em 2022. Em Junho do ano corrente, foram vacinados contra a pólio 19 978 803 crianças e adolescentes de até 15 anos de idade. E entre esta quinta-feira e o próximo sábado, isto é, de 13 a 16 de Setembro corrente, volta-se a vacinar as mesmas pessoas e outras que não se tenham vacinado antes. O vice-ministro da Saúde, Ilesh Jani, explica as razões de várias rondas de vacinação contra a poliomielite.

“Nós precisamos de garantir o nível de imunidade nas nossas crianças, que não permita a circulação do vírus, e a única forma de o fazer é garantir campanhas de vacinação repetidas. Apenas uma dose da vacina não é suficiente para atingir os níveis de imunidade que nós queremos. Nós temos de fazer várias rondas de vacinação, portanto, as mesmas pessoas têm de ser vacinadas várias vezes, para que o nível de anticorpos que as pessoas tenham lhes permita proteger-se do vírus. O vírus da pólio causa paralisia, pode levar à morte e é extremamente transmissível. Portanto, nós temos o dever de proteger a nossa população contra este vírus extremamente perigoso.”

A vacinação contra a pólio acontece nas escolas, centros infantis, igrejas, campos de deslocados e outros locais de maior aglomeração populacional, bem como de casa em casa.

As explicações sobre a campanha de vacinação foram dadas pelo vice-ministro da Saúde, esta quarta-feira, na Cidade de Maputo, depois de orientar a abertura de jornadas científicas do Instituto Superior de Ciências de Saúde. Ilesh Jani entende que é importante munir de ferramentas científicas, para que tenham capacidade para exercer a profissão baseando-se em evidências científicas.

“A importância deste processo é que promove as boas práticas de investigação e prepara, principalmente os estudantes, para a prática de medicina e de saúde pública baseada em evidências e, principalmente, a prática da discussão científica à volta da conduta dos profissionais de saúde.”

O evento que conta com a exposição de vários produtos e artigos terá a apresentação de trabalhos científicos elaborados por estudantes e docentes daquela instituição de ensino superior vocacionada para a formação de quadros do sector da saúde.

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