O Ministério da Saúde garante que há sangue suficiente para responder à demanda na quadra festiva. Contudo, não se descarta a possibilidade de ruptura no stock em caso acidentes em massa.
A contagem é decrescente para as festas do natal e fim do ano! E nas principais cidades moçambicanas já é visível a correria para os últimos acertos.
A correria é tanta que alguns acabam se esquecendo das regras de trânsito, acelaram viaturas e causam acidentes de viação, que só no ano passado foram registados de 2.466 casos o que exige mais sangue nas unidades sanitárias.
“A Organização Mundial da Saúde recomenda que 1 a 3% da nossa população deve fazer a doação de sangue, ou seja, com esse percentagem da população, estamos a falar de 3 mil unidades de sangue que deveriam estar preparadas para aquilo que é a demanda deste período”, explicou a directora nacional adjunta da Assistência Médica, Elinia Amado.
Recorrendo ao recente acidente que ocorreu, este domingo, na província de Gaza, Elinia Amado exemplificou em como o sector preparou-se para atender àquela situação, “mas gostaríamos de continuar a fazer este apelo para a doação de sangue. O sangue, nós não fazemos em laboratórios, não temos derivados que consigam substituir este líquido vital”.
Ainda assim, a directora nacional adjunta da Assistência Médica garante que as unidades sanitárias estão preparadas, mas o reforço e chamamentos para doação de sangue vão continuar. “Nós temos as nossas cirurgias electivas e precisamos do reforço desta quantidade de sangue na ser mantida naquilo que são os stocks mínimos dentro das nossas unidades sanitárias”, revelou Elinia Amado.
E são mesmo os stocks mínimos que estão disponíveis para esta quadra festiva, mas em caso de um acidente grave o sangue pode ser insuficiente nos hospitais daí o apelo para mais doações.
“Se registarmos um acidente em massa à semelhança do que aconteceu em Gaza, haverá necessidade de reforçar o hospital de um sangue proveniente de outro hospital porque poderemos não ter sangue nesse ponto”, avançou Elinia Amado, apelando às pessoas a fazerem, a fazer doações benévolas e não de reposição porque um parente está doente e precisa do líquido vital. E sublinhou: “Temos quantidade que nos satisfazem, mas gostaríamos de fazer mais apelos para maior mobilização”.
Além dos acidentes de viação, as autoridades da saúde mostram-se preocupadas com violações sexuais, ferimentos por objectos pirotécnicos, intoxicação alimentar, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, afogamentos e apelam, por isso, para a tomada de medidas de prevenção.