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Ministra do Interior agastada com morosidade no Serviço de Identificação Civil na Beira

A ministra do Interior, Arsénia Massingue, foi confrontada esta terça-feira, na cidade da Beira, com mau atendimento ao público nos Serviços Provinciais de Identificação Civil (SPIC). Os utentes mostram-se agastados com a demora na entrega dos bilhetes de identidade, processo que leva muito tempo. A governante promete tomar medidas para reverter a situação.

No quadro da visita de trabalho que efectua à cidade da Beira, a ministra do Interior, Arsénia Massingue, escalou os Serviços Provinciais de Identificação Civil (SPIC)  para se inteirar do processo de funcionamento da instituição. Na ocasião, os utentes queixaram-se de demora no processo de emissão de bilhetes de identidade. Os utentes disseram à ministra do Interior que, com a demora, ficam prejudicados, na medida em que são forçados a adiar a resolução de algumas questões do dia-a-dia por falta de documentação.

Confrontada com estes problemas, Arsénia Massingue prometeu, esta terça-feira, tomar medidas para que o atendimento seja melhorado em benefício dos clientes. “Os nossos bilhetes de identidade levam 15 dias para chegar à cidade capital. Não se justifica que um cidadão leva quatro meses à espera de BI. Por que nós queremos que os bilhetes de identidade fiquem connosco?”, questionou a ministra do Interior, Arsénia Massingue.

No entender de Arsénia Massingue, “são estas práticas que levam à corrupção” porquanto vão “levar o cidadão para obter o BI, que é ele de direito porque já pagou pelo documento, a outras situações”.

A ministra do Interior manifestou ainda a sua insatisfação com a gestão no processo de atendimento dos utentes. “ Gestão de filas, deficiente. O tempo que se leva no atendimento é moroso. O equipamento que nós temos, do novo provedor de serviços, permite que sejam atendidos no período máximo de dez minutos. Mais do que isso não. Nas contas que nós fizemos, os que estavam lá para ser atendidos, o número de atendidos, já não haveria fila nenhuma, mas tínhamos lá gente na fila à espera. O nosso comprometimento, aqui, é deficiente. É importante mudar. Chamamos atenção: vamos tomar medidas”, prometeu a ministra do Interior.

Outrossim, a corrupção e o crime organizado, duas práticas que se enraizaram na sociedade moçambicana, mereceram comentários da ministra do Interior.

“ O crime organizado só se instala em áreas onde há terreno fértil para isso, áreas permeáveis. E a nossa área, nós que somos Forças de Defesa e Segurança, não deve ser permeável.”

Recentemente, a ministra do Interior visitou a província de Tete, onde deixou a garantia de que a instituição está atenta à questão relacionada com a implementação da nova Tabela Salarial Única (TSU) nas áreas paramilitares.

Massingue disse, na ocasião, que o processo era complexo na medida em que a Função Pública funcionava com 50 tabelas salariais e, neste sentido, a união de todas em uma era susceptível de falhas.

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