Procuradoria-Geral da República considera que há indícios de que Alexandre Chivale tenha cometido os crimes de branqueamento de capitais e obstrução à justiça. Investigação ao advogado está enquadrada num processo autónomo.
O Ministério Público está a investigar Alexandre Chivale por indícios de branqueamento de capitais através das empresas Txopela Investments e Dandula. Administrador em exercício da Txopela Investments e da Dandula, empresas que terão recebido subornos no âmbito do esquema das “dívidas ocultas”, Chivale está a ser alvo de investigação pelo Ministério Público, que avança que existem indícios de que o advogado tenha cometido os crimes de branqueamento de capitais e obstrução à justiça.
Para o efeito, escreveu o jornal Notícias, na edição de hoje, a Procuradoria-Geral da República abriu um processo autónomo.
A Txopela Investments e a Dandula, esta última, companhia gestora de todos os apartamentos supostamente comprados com o dinheiro das “dívidas ocultas” são empresas que têm o advogado como sócio maioritário.
De acordo com a acusação, terão recebido milhões de dólares pagos pelo Grupo Privinvest para compra de imóveis a favor do antigo director da Inteligência Económica dos Serviços Secretos, António Carlos do Rosário.
Por outro lado, escreve o matutino, o advogado tem estado a viajar constantemente para o Líbano ao encontro de Jean Boustani e outros sócios da Privinvest, o que para a Procuradoria-Geral está a obstruir as diligências em curso no âmbito do caso.
A informação sobre o processo autónomo contra Alexandre Chivale vem a público, menos de uma semana depois do seu afastamento como advogado de três dos 19 réus do caso, nomeadamente António do Rosário, Inês Moiane e Elias Moiane.
Além de estar a ser investigado, o advogado Alexandre Chivale foi constituído declarante no âmbito do processo 18/2019-C. Quer isto dizer que Chivale entrou como defensor de três réus e sai como declarante e indiciado num processo autónomo.