A Embaixada dos Estados Unidos de América em Moçambique confirma, através de um comunicado de imprensa, a retoma do financiamento do programa Millennium Challenge corporations, avaliado em mais de 500 milhões de dólares de financiamento ao país, em vários programas de reconstrução e transformação social.
O programa havia sido suspenso pela administração Trump, no âmbito da reestruturação feita no início do ano, e que culminou com a retirada de vários projectos de apoio ao continente africano.
De acordo com o documento, a decisão de manter o programa em Moçambique foi tomada pelo Conselho de Administração da Millennium Challenge Corporation (MCC) durante uma reunião que teve lugar em Agosto, que recomendou o avanço do Compacto de Conectividade e Resiliência Costeira de Moçambique, no âmbito da revisão da assistenciais externa.
A Embaixada norte-americana garante que o programa “está plenamente alinhado com as prioridades da política externa dos EUA” e que “visa produzir benefícios concretos” para os dois povos.
O Acordo de Financiamento ao Compacto II foi assinado a 20 de Setembro de 2023 no Capitólio, em Washington e inclui uma nova ponte sobre o rio Licungo, na província da Zambézia, e uma circular integrada na mesma infra-estrutura.
Segundo a Embaixada, neste segundo, a aposta é melhorar as redes de transporte em áreas rurais, em sede do Projecto de Transportes e Estradas Rurais, onde se incluem a nova ponte sobre o rio Licungo e respectiva estrada de ligação, incentivar a agricultura comercial através de reformas políticas e fiscais (Projecto de Promoção de Investimentos e Reformas na Agricultura Comercial) e reforçar os meios de subsistência costeiros através de iniciativas de resiliência climática (Projecto Meios de Vida e Resiliência Climática) é igualmente parte das acções-chave do Compacto II para Moçambique.
Aos 500 milhões de dólares da MCC, somam-se 37,5 milhões de comparticipação do Estado moçambicano, conforme o Acordo de Financiamento.
A nível da África Austral, Moçambique e o único país que vai continuar a contar com a ajuda da MCC, dado que os outros países da região como Lesotho, Malawi e Zâmbia deixaram de beneficiar do apoio.