O Ministério da Indústria e Comércio pretende reforçar o controlo da importação de alimentos fortificados. A medida visa reduzir a deficiência alimentar e a desnutrição crónica no país.
O óleo alimentar, o açúcar, o sal e a farinha de trigo e de milho, são os produtos abrangidos pelo Programa Nacional de Fortificação de Alimentos.
O sal, por exemplo, é fortificado com iodo; o óleo, com a vitamina “A”; e as farinhas de trigo e milho com ferro, ácido fólico, vitaminas de complexo “B” e zinco.
Entretanto, o Ministério da Indústria e Comércio diz que ainda há desafios para garantir que todos os produtos importados e à venda no país tenham os níveis de fortificação recomendados.
“Na componente de importação deve trazer algum elemento que possa apoiar todos os que trabalham na fronteira, de modo a garantir que o produto que está a trazer não vai criar problemas no mercado interno”, explicou Eduarda Zandamela, coordenadora do Programa de Fortificação de Alimentos do Ministério da Indústria e Comércio.
Para resolver o problema, o Governo pretende rever o Programa Nacional de Fortificação de Alimentos e adoptar uma Estratégia sobre a mesma matéria, para o período 2023-2027, de modo a reduzir a deficiência alimentar na população e combater a destruição crónica.
Neste processo, o país conta com a assistência do Programa Mundial da Alimentação.
“O desafio é perceber e sermos capazes de garantir que os níveis de fortificação, as vitaminas e os minerais adicionados estejam na quantidade certa ”e que cheguem ao beneficiário final”, disse Edna Poussolo, representante do Programa Munidal de Alimentação.
A fortificação de alimentos consiste na adição de pequenas quantidades de vitaminas e minerais aos alimentos, durante o processamento industrial.
Os pronunciamentos foram feitos esta terça-feira, na Cidade de Maputo, à margem de um encontro sobre o processo de revisão da Estratégia Nacional de Fortificação de Alimentos.