Mia Couto foi laureado com o Prémio de Literatura José Craveirinha, hoje, numa cerimónia realizada no Átrio do Conselho Municipal de Maputo.
Por consenso e unanimidade, o júri do Prémio de Literatura José Craveirinha decidiu laurear Mia Couto, na edição 2022 do galardão.
No evento realizado hoje, no Átrio do Conselho Municipal de Maputo, o júri laureou Mia Couto por reconhecer a grandeza da sua obra na configuração de aspectos ligados à moçambicanidade e à humanidade em geral.
A acta do júri foi lida por Luís Cezerilo, que se referiu a Mia Couto como um homem plural, humilde e versátil.
Segundo o júri composto por Luís Cezerilo (presidente), Sara Jona Laisse, Manuel Tomé e Bwana Yesu, a decisão de premiar Mia Couto é acertada e já deveria ter acontecido há muito tempo.
No seu discurso de ocasião, Mia Couto preferiu falar dos outros. Primeiro, de José Craveirinha. O laureado enalteceu a obra do poeta-mor, lembrando que é o primeiro herói ma cripta que não pegou em armas.
Mia Couto disse ainda que o poeta deve estar descansado porque a sua semente está a dar frutos, num contexto em que o país possui vários autores jovens e de qualidade. Por isso, pediu à Ministra da Cultura e Turismo para levar a mensagem de que a literatura dos mais jovens deve constar nos manuais escolares.
Por sua vez, Eldevina Materula, durante o seu discurso, sublinhou o simbolismo de Mia Couto ganhar o prémio num ano que se celebra o centenário de Craveirinha.
Com a distinção nesta edição do Prémio criado pela Associação dos Escritores Moçambicanos em parceria com a Hidroeléctrica da Cahora Bassa, Mia Couto leva para casa 25 mil dólares, cerca de 1500 000 meticais.