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Mia Couto e Manoela Pamplona trazem “A revolta dos instrumentos”

A revolta dos instrumentos é o título do livro infantil escrito por Mia Couto e por Manoela Pamplona. A sessão de pré-lançamento (online) foi partilhada esta terça-feira, Dia Internacional da Criança.

 

A edição do livro A revolta dos instrumentos é uma ideia do grupo TP50. A quatro mãos, a obra literária foi escrita por Mia Couto e pela brasileira Manoela Pamplona, especialmente para crianças, com a pretensão de promover a arte educativa. “Nos tempos que correm, estamos a desenvolver muitos conteúdos sem conteúdo, desprovidos de educação e mensagem. Na minha opinião, as crianças precisam muito de elementos educativos e a arte sempre foi um meio por excelência para isso”, disse António Prista, sublinhando que há anos que TP50 decidiu criar conteúdos que tenham a ver com o contexto moçambicano e universal. Então, naturalmente, Mia Couto e Manoela Pamplona escreveram o livro que também foi transformado em peça de teatro e em disco.

O livro, cuja cerimónia de lançamento vai realizar-se nas próximas semanas, tenta recuperar a ideia de que o velho ou o que é antigo é importante. A história dos instrumentos dá valor ao que está em desuso, questiona a percepção de que o artista que está à frente do palco é que é o herói, o que faz com que os instrumentistas sejam esquecidos. Na verdade, os escritores quiseram resgatar o valor do que muitas vezes se encontra em segundo plano, explorando o diálogo como factor determinante na resolução de conflitos.

Durante a escrita, Mia Couto gostou muito da ideia de que a música não está separada do texto e/ou da história, até porque, desde sempre, a espécie humana sempre narrou eventos cantando e vice-versa: “Ouvindo uma história desta, regressamos a uma certa infância que sobrevive dentro de nós”. E Manoela Pamplona salientou: “Lapidamos esta história, fazendo com que se tornasse divertida, lúdica e profunda”

Na cerimónia de pré-lançamento do livro, partilhada no Facebook da Fundação Fernando Leite Couto, houve leitura encenada e musicada com a cantora Lenna Bahule, acompanhada por Nicolau Cauneque, e com as actrizes Sufaida Moyane e Maria Clotilde.

 

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