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Metuge e Chiure com um apoio de 1 milhão de dólares para agricultura

Foto: Aga Khan Development Network

Quinze mil pessoas dos distritos de Metuge e Chiure, afectadas pelo terrorismo na província de Cabo Delgado, vão beneficiar-se, a partir deste ano, de um projecto de fortalecimento da agricultura sustentável. A iniciativa, que tem a duração de 12 meses, está avaliada em mais de um milhão de dólares norte-americanos.

Segundo Agostinho Mamade, um dos intervenientes do projecto, a acção é de cariz humanitário e de desenvolvimento, uma vez que, além de criar condições para que as populações retomem a actividade agrícola, a mesma tem o potencial de permitir a coesão social.

“É para ajudar as pessoas a voltarem a praticar a agricultura. Muitas dessas dependiam disso e voltar com os próprios meios à actividade é difícil, dada a natureza das limitações”, disse Agostinho Mamade.

Concretamente, com o projecto, a população a ser abrangida poderá ter acesso a insumos e instrumentos agrícolas, incluindo técnicas de cultivo melhoradas e sustentáveis.

Agostinho Mamade realçou que, neste momento, numa primeira fase, o projecto está no processo de organização comunitária e depois vai seguir a fase de apoio à actividade agrícola.

“Nós privilegiamos a participação das comunidades. A ideia é que o projecto encontre as pessoas certas, por isso vamos envolver estruturas locais”, afirmou Mamade.

“Há aquilo que chamamos de Comités de Desenvolvimento Local, dos quais fazem parte pessoas e estruturas locais. Então, nós vamos capitalizar esses comités para o objectivo que pretendemos”, acrescentou.

Para o embaixador do Reino da Noruega, Haakon Gram-Johannessen, esta é mais uma iniciativa que o seu país abraça para a melhoria da vida das pessoas em situação de necessidade.

“Nós temos estado a colaborar com a fundação em várias operações no país. E, realmente, confiamos na ideia de devolvermos serviços essenciais a pessoas carenciadas na província de Cabo Delgado. É de praz que a Noruega se envolva em questões humanitárias no país”, afirmou Haakon Gram-Johannessen.

O projecto é da Fundação Aga Khan e conta com o apoio financeiro da Embaixada da Noruega.

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