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Messi: novamente The Best pela FIFA

O argentino Lionel Messi está de volta ao topo do futebol mundial. O craque do Barcelona ganhou o prémio Fifa The Best, eleito pela sexta vez o melhor da temporada. Falando aos presentes logo após receber a premiação, Messi disse que o prémio mais importante é o colectivo e não o individual. "Na verdade, eu sempre digo que o prémio individual é secundário, o mais importante é o colectivo. Mas hoje é especial para mim, tive a oportunidade de estar ao lado da minha mulher e de dois dos meus três filhos. O Thiago já veio aqui mas era muito pequeno, hoje vê-los ali não tem preço. São dois apaixonados por futebol, e estão adorando ver tantos jogadores aqui, não sabem se pedem autógrafos, estão tímidos", disse o melhor jogador de 2019 para a FIFA.

O avançado do Barcelona, Messi, deixou para trás o português Cristiano Ronaldo, que não compareceu à cerimónia em Milão, e o defesa Virgil van Dijk, outros dois finalistas ao prémio FIFA The Best. Com o sexto troféu, Messi se iguala à brasileira Marta, também seis vezes eleita a melhor jogadora do mundo.

Antes de entregar o prémio a Messi, o presidente da FIFA, Gianni Infantino, criticou o mais recente episódio de racismo no futebol italiano. "Isso não é aceitável. Temos que dizer não a isso, não apenas no futebol mas na sociedade. Temos que chutar o racismo para fora do futebol e da sociedade, na Itália e no mundo", disse o homem forte do futebol mundial.

Para a o melhor onze da temporada, não houve muitas novidades, com Alisson e Marcelo a representarem o Brasil na selecção mundial FIFPro. Eis os onze escolhidos para representarem o futebol mundial: Alisson (Brasil), De Ligt (Holanda), Sergio Ramos (Espanha), Van Dijk (Holanda) e Marcelo (Brasil); Modric (Croácia), De Jong (Holanda) e Eden Hazard (Bélgica); Mbappé (França), Messi (Argentina) e Cristiano Ronaldo (Portugal).

 

Outros premiados no The Best

Anunciado por Marta, o brasileiro Alisson foi eleito o melhor guarda-redes do mundo, superando o colega de selecção, Ederson, e o guarda-redes alemão do Barcelona, Ter Stegen. Alisson não teve palavras para mostrar sua satisfação, limitando-se a dizer que "estou sem palavras, obrigado Deus por estar aqui, recebendo esse prémio das mãos de uma grande brasileira, a Rainha Marta".

Já o técnico argentino Marcelo Bielsa e a equipa que ele dirige, Leeds United, venceram o prémio Fair Play FIFA. Na última temporada, o Leeds enfrentou o Aston Villa na última jornada da segunda divisão inglesa, lutando para subir à Premier League, mas quando a equipa marcou um golo com um jogador adversário machucado em campo, Bielsa ordenou que o Leeds deixasse o Aston Villa marcar o golo de empate. O jogo terminou 1-1. O Leeds terminou em terceiro, teve de disputar o playoff e acabou eliminado pelo Derby County.

Na classe dos treinadores, o alemão Jurgen Klopp, campeão europeu com o Liverpool, foi eleito o melhor treinador do mundo na temporada 2018/2019. Klopp superou Pep Guardiola, do Manchester City, e Mauricio Pochettino, do Tottenham, para vencer pela primeira vez o troféu.

Jurgen Klopp aproveitou a premiação para anunciar que se junta à ONG Common Goal, criada pelo jogador espanhol Juan Mata, do Manchester United. A instituição conta com mais de 100 jogadores e treinadores, homens e mulheres, que doam 1% dos seus salários para projectos sociais e educacionais ligados ao futebol ao redor do mundo.

Finalmente o Prémio Puskás, de golo mais bonito do anofoi entregue ao húngaro Dániel Szóri, do Debreceni. O jovem jogador, de 18 anos, marcou um golaço de bicicleta no seu primeiro jogo como profissional. Indicado pela sexta vez, Lionel Messi ficou novamente sem o troféu do golaço do ano.

No sector feminino o destaque vai para a americana Jill Ellis, que comandou a selecção dos Estados Unidos ao título da Copa do Mundo da França, que ganhou o prémio de melhor treinadora de futebol feminino do mundo. Ellis agradeceu jogadoras da selecção, considerando-as de “incríveis” e “melhores”.

Marta, do Orlando Pride, foi eleita para a selecção feminina mundial FIFPro. É a primeira vez que a entidade mundial que representa os jogadores e jogadoras profissionais premia uma selecção feminina na festa da FIFA. O Brasil teve ainda duas outras concorrentes, a volante Formiga, do PSG, e a meia-atacante Andressa Alves, ex-Barcelona, hoje na Roma.

Eis a selecção feminina da FIFPro: Sari van Veendaal (Holanda), Lucy Bronze (Inglaterra), Nilla Fischer (Suécia), Kelly O'Hara (EUA) e Wendie Renard (França); Julie Ertz (EUA), Amandine Henry (França) e Rose Lavelle (EUA); Alex Morgan (EUA), Megan Rapinoe (EUA) e Marta (Brasil).

 

Silvia Grecco é FIFA Fan Awards

A reportagem do Grupo Globo sobre a torcedora palmeirense Silvia Grecco, que narra os jogos da equipa para o filho Nikollas, que é cego, venceu o prémio FIFA Fan Awards. A reportagem foi feita pelo jornalista Marco Aurélio Souza. Sívia homenageou outro lutador que também tem um filho deficiente: "gostaria de compartilhar este prémio com o senhor Justo Sánchez, que também tem uma linda história de amor com o filho dele. Nikollas, aqui na frente estão muitas pessoas, muitos jogadores, muitos ídolos, estamos aqui representando nossa equipa, Palmeiras, e todos os adeptos do Brasil e do mundo, todos aqueles que torcem pela pessoa com deficiência”, disse Sívia.

 

 

Motivos que levaram Messi a vencer o prémio FIFA

ARTILHEIRO DE TUDO

Em 2018/19, Messi abusou na arte de fazer golos e foi artilheiro das duas principais competições que disputou. Na Liga dos Campeões, marcou por 12 vezes, quatro mais que o segundo colocado (Robert Lewandowski). Já no campeonato espanhol, apontou 36 golos, marca que lhe rendeu também a Bota de Ouro, de goleador máximo dos campeonatos nacionais da Europa. Durante toda a temporada, o argentino disputou pelo Barcelona 50 partidas oficiais e anotou 51 golos, ou seja, mais que um por jogo.

 

MESSI + 10

Ao contrário dos outros dois finalistas, que brilharam em equipas muito bem montados e com jogo colectivo para lá de afiado, Messi passou a temporada toda carregando o Barcelona nas costas. À frente de uma equipa que simplesmente não funcionava sem ele, o camisa 10 teve de ser goleador, criador de jogadas, motivador e, às vezes, até marcador. E ele desempenhou todas essas funções com mestria. A prova disso é que o Barça se sagrou campeão espanhol e foi até as meias-finais da Liga dos Campeões.

 

GARÇOM

Messi não foi só o goleador da Europa em 2018/19. Ele também foi o maior garçom do continente. Foram 22 assistências pelo Barcelona ao longo da temporada, mais que Jadon Sancho (19), Raheem Sterling (18), Memphis Depay (16), Bernardo Silva (14) e outros jogadores importantes que se destacaram nesse fundamento. Desde 2015/16, quando distribuiu 23 assistências, o camisa 10 argentino não dava tantos passes para seus companheiros marcarem.

 

MESES MÁGICOS

Messi foi bem durante a temporada toda. Mas, entre Dezembro de 2018 e Fevereiro deste ano, ele estava "on fire". Foram oito jornadas consecutivas do campeonato espanhol balançando as redes. Nesse período, formado principalmente por jogos contra equipas menores do país, Messi marcou 12 vezes e deu sete assistências. Na goleada por 5-0 sobre o Levante, participou directamente de todos os golos – foram três anotados por ele e outros dois nascidos dos seus passes.

 

 

 

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