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Melhor marcador do Moçambola pode não ser premiado

Fotos: Cortesia Eliseu Patife

O prémio de melhor marcador do Moçambola-2022 pode não ser entregue a nenhum jogador, uma vez que só quem atingir 15 golos vai ser premiado. Os actuais melhores marcadores contam com nove golos, à entrada da última jornada.

O Moçambola 2022 está na recta final. Falta apenas uma jornada, a última, que se disputa este fim-de-semana. Se a luta continua acesa pelo título, com União Desportiva de Songo e Black Bulls a arrastarem a decisão até ao apito final, bem como o Incomáti de Xinavane e a Associação Desportiva de Vilankulo na luta pela manutenção, o mesmo não se pode dizer em relação a luta pelo troféu de melhor marcador.

É que o regulamento de competições do Moçambola 2022 prevê que o prémio de melhor marcador só será entregue ao jogador que apontar, no final das 22 jornadas, 15 golos.

Mas a realidade mostra outra situação, a uma jornada do fim da competição. Os actuais melhores marcadores, nomeadamente Lau King, da União Desportiva do Songo, Melque, da Black Bulls, e Isac de Carvalho, do Ferroviário de Nampula, contam com nove golos cada, longe da meta fixada pela Liga Moçambicana de Futebol.

Vale dizer que qualquer um dos três, para ser premiado, deve marcar seis golos na última jornada. Caso não atinjam a meta fixada o prémio não será entregue.

Lau King vai jogar no Estádio da Machava diante do Ferroviário de Maputo, Melque recebe o Costa do Sol e Isac visita o terreno da despromovida Liga Desportiva de Maputo.

Entretanto, a não premiação não impede a coroação, uma vez que quem terminar no topo da lista dos artilheiros será designado o melhor marcador do Moçambola 2022.

Nessa luta estão ainda, mais abaixo, outros tantos jogadores, com destaque para Jesus, jogador da Black Bulls, que nos últimos jogos tem sido o salvador, que conta com oito remates certeiros, bem como Maxwel, ganês ao serviço do Ferroviário de Maputo, que também soma oito golos.

Recorde-se que esta decisão de fixar o número máximo de golos por temporada surgiu da fraca actuação dos avançados e pontas-de-lanças, que não atinava com as redes adversárias e foi para motivar a mais golos no Moçambola.

Os dois últimos melhores marcadores ultrapassaram a fasquia dos 20 golos, nomeadamente Eva Nga, em 2019, ao serviço do Costa do Sol, que fez 26 golos, e Ejaita, que ano passado, em representação da Black Bulls, marcou 21 golos.

Ambas equipas terminaram campeões nos respectivos anos em que os seus avançados foram melhores marcadores.

Nota de realce para o facto dos dois jogadores, estrangeiros, terem deixado o país no final da temporada em que se sagraram campeões e melhores marcadores.

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