O País – A verdade como notícia

Médicos reúnem-se com o Governo e continuam a preparar greve

Foto: O País

A Associação Médica de Moçambique (AMM) teve, hoje, um encontro com representantes do Governo para fazer reclamações ligadas à Tabela Salarial Única, mas nada mudou. O Executivo não quis ceder, os médicos abandonaram o encontro por alegada improdutividade e continuam a preparar a greve.

O encontro entre os médicos e representantes do Executivo poderia ser uma solução para uma iminente greve, mas não foi. Tanto não foi que os médicos até interromperam a reunião com os membros por, supostamente, não estar a haver produtividade.

Numa carta que a Associação Médica de Moçambique fez à sua classe, os representantes do Governo não se mostraram abertos a ceder às exigências dos médicos. Por isso, nada mudou.

Ademais, os médicos não querem negociar com as mesmas pessoas com quem estiveram hoje. Exigem uma alteração na composição dos representantes do Governo e que, num eventual próximo encontro, o Ministério da Administração Estatal e Função Pública esteja devidamente representado, o que hoje não se verificou.

Enquanto isso, os preparativos para greve, a arrancar na segunda-feira, continuam. É isso que diz a Associação Médica de Moçambique na sua nota informativa.

OS CONTORNOS DA GREVE DOS MÉDICOS

Foi no final de Outubro que a Associação Médica de Moçambique anunciou o início da preparação de uma greve que poderá durar três semanas, a começar no dia sete deste mês, ou seja, segunda-feira. Em causa, estão alegadas inconformidades na Tabela Salarial Única cuja correcção é, para os médicos, urgente.

No referido comunicado, os médicos anotam que “a greve terá a duração de 21 dias prorrogáveis, com início às 07 horas do dia 07 de Novembro de 2022. Ao longo dos próximos dias, serão publicadas as directrizes da greve”.

É importante que se recorde que os profissionais se dizem traídos pelo Governo, que não fez constar os seus anseios da nova Tabela Salarial Única. O Bastonário da Ordem dos Médicos, Gilberto Manhiça, sublinha que  a redução dos subsídios prejudica a classe.

Para impedir a possível paralisação das actividades, a classe médica exige melhorias na nova Tabela Salarial Única.

O ministro da Saúde já apareceu a pedir que os médicos não optem pela greve, até porque, para Armindo Tiago, é normal que haja estas falhas na implementação da TSU. Já o Ministério da Economia e Finanças, esse, remete tudo à Comissão Multissectorial de Enquadramento, criada justamente para atender a eventuais reclamações.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos