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Médicos exigem intervenção urgente do Presidente da República contra os raptos

Foto: O País

O sequestro do médico Basit Gani, ocorrido na manhã desta quinta-feira, na cidade de Maputo, é um sinal grave da deterioração da situação de segurança no país e na cidade de Maputo, em particular, segundo considera a Associação dos Médicos e a Ordem dos Médicos de Moçambique, que, através de uma carta aberta, exigem a intervenção do Presidente da República, através das instituições que dirige, para pôr fim aos raptos.

O Presidente da Associação dos Médicos de Moçambique, Milton Tatia, disse, com alguma preocupação, que a situação de segurança dos moçambicanos está a cada dia pior, agravada por actos criminosos e mina a confiança necessária nas instituições públicas.

“O rapto do Doutor Basit Gani, um jovem médico a prestar serviço no Hospital Privado de Maputo, é um grave sinal de deterioração da situação de segurança em Moçambique e na cidade de Maputo, em particular, que pode ter preocupantes consequências no dia-a-dia dos profissionais de saúde, um sector já martirizado pela COVID-19 e seus efeitos”, explicou a fonte.

Os médicos repudiam o acto e clamam por respeito à área e ao esforço que têm feito, em prol da saúde dos moçambicanos.

Tatia apelou ainda para que diligências sejam feitas de forma a devolver-se a liberdade a um profissional de saúde que muita falta faz ao país, à comunidade médica e à família, em particular.

“Estamos cientes de que o rapto é um fenómeno de difícil combate, no entanto é dever das forças de defesa e segurança tudo fazer para devolver a liberdade aos cidadãos vítimas deste mal”, disse, tendo acrescentado que “os médicos têm exercido as suas funções nas mais difíceis condições de trabalho, no entanto não têm medido esforços para cuidar da população moçambicana, mesmo em tempo de pandemia”.

Por seu turno, o Bastonário da Ordem dos Médicos de Moçambique, Gilberto Manhiça, considera que a segurança é condição primordial para o sucesso de qualquer actividade, por isso sem ela não se pode cuidar dos pacientes com a serenidade necessária.

“Não é possível nós termos um exercício tranquilo, profundo, da maior dedicação e competência de que é característico, em circunstâncias que se asseguram como esta por que o nosso colega está a passar”, concluiu.

Os colegas do médico Basit Gani dizem ter ficado surpreendidos com a informação, pois, durante os dias de trabalho, este não mostrava sinais de preocupação ou ainda indícios de quem vinha recebendo ameaças.

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