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Médicos decidem este domingo se prorrogam greve

Os 21 dias da prorrogação inicial da paralisação de actividades pela classe médica terminam já amanhã. Os médicos dizem que, independentemente da greve dos profissionais de saúde, se a classe médica tiver de paralisar as actividades, assim o fará.

No período em que esteve a decorrer a segunda fase da terceira greve nacional, pelo menos até à tarde de hoje, a relação entre os médicos e o Governo não mostrou nenhuma melhoria, pelo menos das informações que vinham a público.

Os médicos tinham marcado uma reunião para esta sexta-feira, que decidiria se há ou não nova prorrogação. Mas ficou adiada para este domingo.

“Efectivamente, a classe médica, por uma questão de tentar manter o diálogo (com o Governo) até à última hora possível, de modo a encontramos soluções para os problemas que estão na mesa, achamos por bem adiar a reunião nacional para domingo, para procurar soluções que possam reverter uma possível prorrogação da greve”, argumentou Napoleão Viola, porta-voz da Associação Médica de Moçambique, que avança que, ao ritmo em que as negociações andam, o resultado poderá ser adverso, levando os profissionais a manter a paralisação das actividades. O médico diz que as negociações têm estado a acontecer, mas sem nenhum resultado esperado. Aliás, acusa o Governo de rejeitar mediadores no processo, que foram propostos pela Ordem dos Médicos de Moçambique. Ainda assim, diz que estes têm estado a procurar influenciar para que haja entendimento entre as partes desavindas.

“Naquilo que é nevrálgico, estrutural no Estatuto do Médico na Função Pública e das principais reivindicações da classe médica, infelizmente não vemos nenhum avanço e isto, evidentemente, pode pesar para o lado negativo e fazer com que a classe médica tome uma decisão de continuar com a greve.”

Os médicos estão cientes da greve anunciada pela Associação dos Profissionais de Saúde, mas nenhuma influência esta greve terá na decisão a ser tomada este domingo. Ou melhor, Viola diz que se tiver de se avançar para greves de dois grupos no ramo da saúde, assim terá de ser.

Contactámos o ministro da Saúde, Armindo Tiago, quer sobre a greve dos profissionais de saúde, quer sobre a reunião decisiva da Associação Médica, que vai determinar a continuidade ou não da paralisação de actividades, ao que Tiago disse estarem a decorrer as negociações e que, pontualmente, o Ministério que dirige não faria qualquer pronunciamento.

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