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MDM desacredita no impacto imediato das medidas do Governo

Foto: O País

O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) diz que as medidas de aceleração económica anunciadas, na última terça-feira, pelo Presidente da República, não resolvem os actuais problemas do país. No seu entender, as famílias vão continuar sufocadas.

O MDM não só critica as medidas anunciadas pelo Governo, como também apresenta propostas. No seu ponto de vista, o Executivo devia reduzir o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) nos combustíveis, como forma de travar o elevado custo de vida no país.

Segundo o partido, as 20 medidas de estímulo à economia nacional anunciadas pelo Presidente da República, que visam conter o custo de vida, “pecam” por serem de longo prazo, isto é, não resolverem os problemas que os moçambicanos vivem hoje em dia.

O posicionamento do Movimento Democrático de Moçambique foi apresentado, ontem, por Ismael Nhacucue, seu porta-voz. Diz mesmo que as medidas do Executivo são cosméticas. Para a formação política, o Governo deve aprender a agir rápido.

“[As medidas] não estimulam o comércio informal que suporta grande parte do povo moçambicano. Portanto, a curto prazo, as famílias vão continuar sufocadas pelo elevado custo de vida”, acrescentou o porta-voz do partido, Ismael Nhacucue.

O partido propõe medidas, que acredita poderem surtir efeito imediato e de longo prazo, que estimulem a economia, nomeadamente, a diminuição do IVA para 14 por cento, o que, segundo a sua análise, vai impactar imediatamente na redução do preço dos produtos.

Uma das medidas apresentadas pelo Chefe de Estado é a redução do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRPC), de 32 para 10 por cento, nos sectores de transporte e agricultura. O MDM julga que o efeito desta diminuição é nulo.

“Não terá nenhum efeito concreto para esses sectores de actividade”, defendeu Nhacucue, que falava em conferência de imprensa. Diz que, nos sectores abrangidos, não se fará sentir.

Sobre os combustíveis, o MDM reitera que o Governo deve reduzir o IVA para 12% e eliminar o processo de “tributação em cascata”. Segundo o porta-voz, o Governo deve criar condições para comprar o combustível mais barato e na moeda que for favorável.

“O Governo não pode aceitar qualquer proposta que venha de vários países. O Governo não pode hipotecar a sua soberania económica, porque precisamos de poupar e não sabemos a que preço será vendido o combustível da Rússia”, disse Nhacucue, a finalizar.

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