Moçambique está a esboçar estratégias visando atrair recursos financeiros necessários para explorar o elevado potencial de produção de energia hidroeléctrica e verde e, por via disso, contribuir para a implementação da agenda nacional e regional neste domínio.
Falando em Washington, numa palestra sob o lema “Unidos pela Segurança Energética e Sustentabilidade, Vitória Tripla do Comércio Regional de Energia”, realizada no âmbito das reuniões de Primavera do Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI), o ministro moçambicano da Economia e Finanças, Max Tonela, avançou que o Governo pretende investir cerca de 34 mil milhões de dólares na geração de mais de 3000 MW de energia até 2030.
De acordo com o governante, trata-se de investimentos que vão permitir também que a região da África Austral tenha energia a menor custo, sendo, por isso, relevante trabalhar com instituições financeiras que dispõem de “competências e background neste tipo de processos, tal como o Banco de Moçambique”.
Segundo o ministro, mais de 560 milhões de pessoas vivem sem acesso à energia na África Austral, facto que representa um desafio e uma oportunidade para o país, frisando que Moçambique tem exportado quantidades superiores a 1000 MW de energia, estando, ao mesmo tempo, a investir no aumento da capacidade de transferência.
“Somos um país que dispõe de um elevado potencial energético e hídrico, assim como detemos fontes renováveis e gás natural, ainda pouco explorados, mas que podem responder às necessidades internas e externas”, secundou.
No encontro, o governante moçambicano fez saber que, no país, existem projectos de infra-estruturas de electrificação com a África do Sul e o Zimbabwe, frisando também que foi reforçada a ligação com o eSwatini, no âmbito do projecto Motraco.