O fracassado projecto de montagem de automóveis em Maputo, cujos primeiros modelos denominados “Matchedje” chegaram a ser apresentados no mercado, só deixou dívidas para o país. O facto foi revelado esta sexta-feira, pelo ministro da Indústria e Comércio, Ragendra de Sousa.
Em Dezembro de 2010, o Governo de Armando Guebuza, através do Gabinete das Zonas Económicas de Desenvolvimento Acelerado firmara uma parceira com um grupo de investidores chineses para a instalação da primeira fábrica de montagem de automóveis no país.
Com um investimento próximo dos 200 milhões de dólares, as primeiras viaturas chegaram a ser apresentadas no mercado em 2014, ano em que foi inaugurado o empreendimento.
Erguida nos antigos estaleiros da empresa Caminhos de Ferro de Moçambique, no município da Matola, província de Maputo, as expectativas em volta do projecto eram enormes. E não era para menos, pois o país estreava no mercado da indústria automóvel, com a marca “Matchedje”.
Hoje, 2018, o projecto está falido e só deixou dívidas para o Estado moçambicano, segundo o ministro da Indústria e Comércio, Ragendra de Sousa, que deixou duras críticas ao anterior Executivo.
No lugar da defunta unidade fabril, os estaleiros servem neste momento para a transformação das sucadas dos autocarros de transporte públicos de passageiros em salas de aula, um projecto que na óptica do Ragendra de Sousa é bem-vindo.
De referir, que aquando da montagem da fábrica “Matchedje Motor”, projectava-se a produção de 500 mil veículos e acessórios pelo menos até 2020.