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Martins Mapera lança ensaio “Cinzas de Cão”

Houve chuva de letras no Centro Cultural Brasil-Moçambique; o lançamento de um ensaio literário –  Cinzas de Cão, Ensaios de literatura de Martins Mapera.

O ensaio é uma miscelânea de textos nos quais o autor apresenta suas opiniões e ideias de forma crítica, em torno de obras literárias de autores de dois países lusófonos, Moçambique  e Cabo verde. “Nós matámos o cão tinhoso” de Luís Bernardo Homwana, “Jesusalém”, “Terra Sonâmbula”, e “O bebedor de horizontes” de Mia Couto, “Antologia de Contos” de Lilia Momplé, “O regresso do morto” de Sulemane Cassamo e “Chuva braba” do cabo verdiano, Manuel Lopes.

O professor Artur Midnzo, docente da Universidade Pedagógica, apresentou a obra e diz que a crítica literária é normal, os autores lidos e interpretados não devem temer. A nova obra pode produzir a vontade de ler os livros citados, o que permite um enriquecimento literário.

Para Mapera, o fenómeno de interpretação da obra é extremamente difícil, e diz que cada sujeito avalia de acordo com a sua experiência literária. “Cada obra veicula sentidos profundos do ponto de vista pedagógico, educativo, social, antropológico e a literatura é um campo muito grande de educação.

O público esteve tímido, mas não deixou de divertir-se com a aula de sapiência dada pelo professor doutor Martins Mapera.

Paulo Covele é leitor e acredita que as obras do autor são mais do que uma opinião, são ensinamentos importantes para a academia das ciências sociais. “A crítica na literatura tem consequências interessantes, define e dá visibilidade ao crítico e ao autor primário” disse.

Já Vilma António, outra leitora, afirmou que “Cinzas de Cão, Ensaios de literatura de Martins Mapera” é uma reflexão em torno de obras com as quais já interagiu. “ O autor escreve sua opinião sobre obras de vários autores, o que permite-me envolver e aprender com outras formas de pensar. E outra, o discurso pode ser recuperado e reutilizado no sistema de ensino, pode até ser usado como um manual literário”, acrescentou.

O autor projecta, para o final deste ano, apresentar resultados do estudo de revistas literárias da sua província natal, Inhambane, “ Xiphefu” e “Charua”.
 

 

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