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Marinha de Guerra portuguesa em Moçambique para apoiar na fiscalização marítima 

Foto: O País

Uma missão da Marinha de Guerra portuguesa encontra-se em Moçambique para cooperar no sector da segurança marítima. Numa iniciativa denominada “Mar Aberto”, os portugueses estão também a capacitar a Marinha de Guerra moçambicana para melhor combater o terrorismo e outros males no mar.

O navio da Marinha de Guerra portuguesa encontra-se, no Porto de Maputo, desde o passado dia 28 de Maio, tendo já desenvolvido várias acções de formação à Marinha de Guerra de Moçambique, além de a capacitar em matérias de segurança na navegação marítima.

A embarcação, tripulada por fuzileiros navais e mergulhadores lusos, está provida dos mais modernos equipamentos de comunicação, navegação e segurança marítima. O contacto com Moçambique visa, também, partilhar essa tecnologia.

“Essencialmente, concentramo-nos no treino dos fuzileiros em técnicas de abordagem e patrulhamento. Na área de fiscalização marítima, tivemos a oportunidade de interagir com os militares da marinha, lanchas da marinha e também elementos da equipa de fiscalização. Tocamos, também, um pouco na formação dos aspirantes à marinha de Moçambique que estão na Escola Náutica. Trocamos experiência sobre segurança na navegação e segurança da embarcação, no que diz respeito ao combate a incêndios e a sinistros das pessoas a bordo”, disse Aristides da Costa, comandante do navio de guerra luso.

O apoio no combate ao terrorismo é um dos objectivos desta missão em Moçambique. Segundo o comandante Aristides da Costa, a segurança na terra é complementada pela segurança no mar. Então, sabendo que algumas incursões dos terroristas são feitas no mar, é necessário investir nesta área, tal como Moçambique tem estado a fazer.

Um grupo de estudantes da Escola Portuguesa em Maputo teve a oportunidade de se inteirar, esta quarta-feira, das valências do navio da Marinha de Guerra lusa. No âmbito da segurança marítima, a iniciativa “Mar Aberto” manterá permanente vigilância e realizará a monitorização constante da área em que navegar, contribuindo para o combate à pirataria e ataques armados contra a navegação mercante. A força lusa deixa Moçambique, esta quinta-feira, para a vizinha África do Sul, onde vai participar no dia de Portugal no próximo dia 10 de Junho.

O Estado português, através da marinha de guerra, desenvolve, anualmente, a iniciativa “Mar Aberto”. Nesse sentido, uma Força Nacional Destacada (FND) constituída para a realização de missões de segurança marítima e apoio à política externa do Estado Português, largou da Base Naval de Lisboa no passado dia 15 de abril e integra uma secção de projecção de força constituída por fuzileiros, uma equipa de segurança também constituída por militares deste corpo, uma equipa de mergulhadores e uma equipa médica.

Ao longo da sua missão, que durará mais de quatro meses, esta Força Portuguesa marcará presença em 14 países e visitará 20 portos diferentes, destacando-se a participação nas comemorações do Dia de Portugal, que decorrerão na África do Sul, na Cidade do Cabo, e que serão presididas por Sua Excelência o Presidente da República Portuguesa.

Marcando, ao fim de mais de uma década, o regresso da iniciativa “Mar Aberto” aos seis países africanos lusófonos, a visita a Moçambique teve uma duração de cinco dias.

Um dos principais objectivos desta missão é contribuir para a segurança marítima na região do Golfo da Guiné (GdG), nomeadamente na missão de apoio à guarda-costeira santomense, assim como várias iniciativas de cooperação bilateral no domínio da defesa com os vários países onde irá fazer escala. Aqui há sempre um navio luso que ajuda nestas missões de salvaguardar a segurança na navegação marítima.

A iniciativa “Mar Aberto” 2023 visa ainda contribuir para a satisfação de compromissos internacionais assumidos por Portugal com os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), e inclui ainda a participação nacional no projecto da União Europeia das Presenças Marítimas Coordenadas para a região do GdG. No âmbito da Cooperação no Domínio da Defesa, serão desenvolvidas actividades de cariz naval, de presença naval, de apoio à diplomacia e de cooperação com as Marinhas de Angola, Moçambique e Guiné-Bissau, e com a guarda costeira de Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe.

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