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Maria Clotilde e Vítor Gonçalves encenam Chovem amores em Portugal

Foto: O País

A peça teatral Chovem amores na rua do matador fará uma digressão em 12 distritos de Portugal. Adaptada da história escrita por Mia Couto e José Eduardo Agualusa, a encenação foi feita por Maria Clotilde e Vítor Gonçalves.

Chovem amores na rua do matador estreou ano passado, na Cidade de Maputo, e mereceu uma temporada. Depois da apresentação ao público moçambicano, agora segue-se um voo rumo a Portugal, onde os actores – Horácio Guiamba, Josefina Massango, Angelina Chavango, Joana Mbalango e Violeta Mbilane –, irão aproveitar os 20 espectáculos programados para promover e divulgar o trabalho que fizeram juntos.

Referindo-se à oportunidade de levar a peça que encenou com Vítor Gonçalves ao público português, Maria Clotilde reconheceu que se trata de um objectivo que está a ser alcançado. “É sempre bom que trabalhos desta natureza saiam e viagem pelo mundo. É um projecto que está a ser carregado de corpo e alma, porque esta é uma forma de expandir o nosso trabalho e a nossa cultura no mundo”.

Segundo acredita a encenadora, com a digressão em 12 distritos portugueses, durante aproximadamente um mês, entre 2 e 30 de Julho, os artistas do palco estarão a colocar o teatro moçambicano no mapa da CPLP. “Esta é uma boa abertura, um intercâmbio, um grito que diz que nós existimos, como actores, encenadores ou fazedores do teatro em geral”.

Nesta digressão inaugural, Chovem amores na rua do matador irá escalar, por exemplo, Almada, Figueira da Foz, Viseu e Algarve. Para Angelina Chavango, “Esta peça será “consumida” porque tem qualidade. O que temos de fazer é aperfeiçoa-la. É um bom produto e os portugueses irão ver que Moçambique é uma fábrica de actores”.

Co-produzido pela Fundação Fernando Leite Couto e pela Universidade Eduardo Mondlane, o espectáculo teatral foi adaptado da história assinada por Mia Couto e José Eduardo Agualusa, e é uma das que compõe o livro O terrorista elegante e outras histórias. No enredo da peça encontra-se Baltazar Fortuna e as suas três mulheres, nomeadamente, Mariana Chubichuba, Judite Malimali e Ermelinda Feitinha. Estas são as personagens responsáveis por tornar o que poderia ser uma bela história de amor algo complexo em termos de definição.

Segundo os encenadores, a digressão em Portugal irá acontecer graças ao apoio de muitas entidades. Designadamente, as companhias teatrais: ACTA – Companhia de Teatro do Algarve, Teatro Baal, Teatro das Beiras, Teatro das Caldas, Cendrev – Centro Dramático de Évora, Escola da Noite; e os municípios: Almada, Figueira da Foz, Loulé, Seixal, Setúbal e Viseu. E os encenadores observam que a digressão por Portugal será a maior entre as que já foram realizadas por actores moçambicanos naquele país.

A digressão irá incluir conversas com Mia Couto e José Eduardo Agualusa. Em termos logísticos, a VISABEIRA irá suportar os custos das viagens entre Maputo e Lisboa e à Kinto – Mobilidade irá ceder transporte interno em Portugal.

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