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Naguib mostra o seu “eu” através da “flor-de-paixão” em Maputo

Foto: O País

O artista plástico Elias Naguib inaugurou a “flor-de-paixão”, uma exposição que, segundo o autor, expressa o seu estado interior e visão sobre o mundo. A amostra está aberta ao público na Fundação Fernando Leite Couto, Cidade de Maputo, até dia 13 do mês em curso.

Na exposição, o artista plástico ilustra um drama, como forma de expressar o seu sentimento, mostrando que, apesar das dificuldades sociais, há que aproveitar as boas coisas e bons momentos.

“Existem momentos bons, momentos íntimos, momentos nossos”, disse o autor para, em seguida, exemplificar esses momentos bons: “Quando estamos com a nossa família, nossa mulher em casa ou com os nossos filhos, quando estamos a ouvir uma boa música. Existem momentos também em que nós somos nós.”

Naguib diz que “flor-de-paixão” é uma forma que encontrou para expressar o seu estado interior, pelo que viu a necessidade de partilhar a sua visão com o mundo, mesmo sem condições espaciais. “Há coisas presas dentro de nós que devemos tirar, o que significa que, para fazer uma boa exposição, não é necessário um grande espaço”.

Durante a inauguração da exposição, o artista lamentou o facto de não se terem realizado espectáculos e exposições artísticas durante o ano devido à pandemia da COVID-19. Por isso, neste momento em que teve possibilidade de o fazer, “é um prazer estar a contribuir com a venda de uma boa parte das obras de arte”.

 “FLOR-DE-PAIXÃO” CONTEMPLA A IMPORTÂNCIA SOCIAL DA MULHER

A exposição “flor-de-paixão” contempla também a importância da mulher na sociedade moçambicana, disse Naguib, olhando para uma sociedade onde “52% é feita por mulheres e os outros 48% são os filhos delas”.

Segundo o artista plástico, “a mulher está num outro patamar, é a dona deste país, é nossa mãe, se essas 52% de mulheres não existissem, não haveria 48% de homens, filhos delas”.

Por sua vez, a ministra da Cultura e Turismo, Eldevina Materula, que esteve na inauguração da exposição em alusão, destacou a ligação da “flor-de-paixão” com a realidade feminina.

“Encontramos [na exposição flor-de-paixão] uma ligação com as mulheres e isso mostra também o lado humano e sensível [de Naguib] e sua forma de mostrar o grande amor”, anotou a governante.

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