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Marcelino Macome: foram-se os dedos, mas ficaram os anéis

Morreu na noite desta terça-feira, vítima de doença, o antigo presidente do Comité Olímpico de Moçambique (COM), Marcelino Macome. Macome, que foi presidente do COM durante 15 anos, não resistiu à uma “batalha” que travava há anos.

Nem mais! Calou-se para sempre o homem que para muitos confundia-se com o Comité Olímpico de Moçambique. Marcelino Macome, que durante 22 anos foi Secretário-geral do COM, antes de ser eleito presidente do mesmo órgão, em 2002 até 2017, não resistiu a uma doença que o acometia.

Um dos fundadores do Comité Olímpico, tem como principal registo no seu curriculum, a bolsa Olímpica para os Estados Unidos da América, atribuída à “menina de ouro”, Lurdes Mutola. O facto é até aqui considerado de grande valia para o país, olhando para os resultados alcançados: primeiro Ouro Olímpico de Moçambique, tirado a ferro e fogo nos 800 metros de atletismo, nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2000.

Macome foi igualmente responsável pela idealização e concepção do novo edifício do Comité Olímpico de Moçambique, uma efetivação do que prometera em 2013, aquando da sua reeleição a mais um mandato no COM.

As suas obras estavam à vista de todos e como quem a ser exaltado, a 25 de Junho deste ano, o finado foi condecorado pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, com a Medalha de Mérito Desportivo em reconhecimento aos seus feitos na liderança do COM.

A nível internacional, Marcelino Macome foi também reconhecido, tendo sido nomeado Membro da Comissão de Desporto e Sociedade Activa do Comité Olímpico Internacional.

 

GRANDE PERDA PARA O MOVIMENTO OLÍMPICO

A morte de Marcelino Macome, colheu a todos de surpresa, e claro, o Comité Olímpico tratou de deixar a sua mensagem.

“O desaparecimento físico do senhor Marcelino Macamo constitui uma enorme perda para o movimento olímpico nacional e internacional, no qual ele sempre mostrou sentimento de tolerância, solidariedade, compromisso e respeito pelos seus pares”, destaca na sua mensagem o órgão agora dirigido por Aníbal Manave.

“Tão triste e inesperado acontecimento, nesta hora de luto e profunda dor, o Comité Olímpico de Moçambique apresenta as mais sentidas condolências à esposa, filhos e toda a família Macome”.

 

PERDEMOS UM HOMEM QUE VIVIA O DESPORTO

“Quero endereçar os meus pêsames à família de Marcelino Macome, antigo dirigente do Comité Olímpico de Moçambique e do Clube de Desportos da Maxaquene”, começa por consolar, o Secretário de Estado do Desporto, Carlos Gilberto Mendes, para depois descrever o homem que se foi.

“Foi um homem que trabalhou muito para que Lurdes Mutola singrasse nos Estados Unidos da América. Também trabalhou muito para que o Comité Olímpico tivesse aquele edifício que todos conhecemos. Portanto, Macome era uma pessoa afável que vivia o Desporto como muito poucos o fazem”, destacou Mendes.

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