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Maputo Open de ténis: do elevado nível organizacional à afirmação de novos valores

Foto: O País

Três semanas intensas, três semanas de muito ténis nos “courts” do Jardim Tunduro. O Maputo Open de Ténis, na sua segunda edição, não só revelou novos campeões nas categorias de singulares homens (Luca Figueiredo) e singulares senhoras (Laura Nhavene) como também veio demonstrar por A+B que o movimento nesta modalidade é forte. Forte porque, ao longo deste período, foi possível ver antigos praticantes a pegarem nas raquetes e a motivarem-se para disputar o certame. Mas, também, naquilo que seguramente é o garante do futuro, vimos novos valores da modalidade a darem cartas. Tal é o caso de Luca Figueiredo, jovem promessa que se tem evidenciado em competições ou circuitos regionais de sub-18, e ILga João, finalista vencida da categoria de singulares senhoras, que deu nas vistas.

Ilga João tem qualidades para, com muito trabalho, (a)firmar-se no ténis moçambicano. A experiência de se disputar os jogos no período nocturno foi profícua na medida em que os tenistas se apresentaram a um bom nível no certame.

Os parceiros saíram, como não podia deixar de ser, satisfeitos com o nível organizacional, porquanto a prova superou as expectativas.

 

TIAGO ÁGUA, DIRECTOR-GERAL DA KIA-MOÇAMBIQUE: “MAPUTO OPEN VAI CONTINUAR”

Voltamos a estar muito satisfeitos. Essencialmente, tínhamos que surpreender toda a gente depois da edição do ano passado. Fez-se um investimento, juntamente com o Clube de Ténis de Maputo, nesta iluminação para que a competição pudesse realizar-se de noite. A temperatura da noite é fantástica para a prática do ténis. O público apareceu e fez-se presente. Foi uma festa muito bonita. Penso que o Maputo Open vai continuar. Vamos continuar a explorar este horário mais tardio, mas os jogos têm muita qualidade. Para o ano queremos ter ainda mais gente. Se calhar, começar a trazer atletas de fora de Moçambique para vir competir e puxar o nível competitivo ainda mais para cima. Gostava igualmente de destacar a entrega dos tenistas que deram o seu melhor para valorizar ainda mais esta competição. Tivemos bons jogos e muita entrega durante este período em que decorreu esta competição.

 

TOMÁS INGUANE, DIRECTOR DE EVENTOS DESPORTIVOS/ZAP: “O EVENTO CORRESPONDEU ÀS EXPECTATIVAS”

Eu acho que, no cômputo geral, a ZAP abraça todas as modalidades. Já deu para mostrar, para quem tinha dúvidas, que estamos aqui para fazer a nossa parte social, que é apoiar aquelas modalidades que são muito bem organizadas. Como nós vimos aqui, o Clube de Ténis de Maputo e os parceiros organizaram muito bem esta prova. Nós estamos aqui para apoiar quase todas as modalidades. Havia bocas, no sentido de se dizer que a ZAP somente apoia o futebol. Na verdade, Moçambique não é só feito de futebol. Há várias modalidades. Já demonstrámos, em Fevereiro, ao apoiarmos a natação, e hoje estamos aqui no ténis. Com isso, quero dizer que a ZAP está aqui para apoiar todas as modalidades. É verdade que não será possível apoiar todas as modalidades, mas vamos tentar, no máximo, dar o nosso apoio. É por isso que estamos aqui. Em Moçambique, está provado que temos talento em quase todas as modalidades. Então, nós estamos a fazer a nossa parte que é apoiar o desporto. Acho que, para quem esteve em casa, acompanhou a prova desde às 17h00 esta prova na  Stv. Tem que se realçar que a Stv fez o seu papel ao divulgar esta modalidade. Sem a Stv, não seria possível para quem esteve aqui. Não era possível todos caberem aqui no Clube de Ténis de Maputo. A Stv tem o seu papel na sociedade moçambicano. Olhando para aquilo que foram as provas, devo dizer que estamos satisfeitos.

 

CÉSAR BENTO, PRESIDENTE DO CLUBE DE TÉNIS DE MAPUTO: “ESTE TORNEIO É PROVA DE QUE O TÉNIS ESTÁ VIVO”

Deixa-nos satisfeitos. Todas as organizações que têm a ver com desporto, em Moçambique, deixam-nos satisfeitos. Isto porque são poucas as ocasiões em que nós temos este tipo de eventos desportivos que juntam, para já, um enorme público e juntam atletas de todos os níveis e categorias. É o primeiro torneio que nós organizamos este ano. Nós teremos, ao longo do ano, uma série de provas em número de seis. Este torneio, por sinal, é uma prova de que o ténis está vivo em Moçambique. Apesar de ser o primeiro torneio, numa altura em que os atletas não estão rodados, foi o que se viu. Tivemos aqui um ténis de qualidade bastante elevada. Nós estamos bastante agradados e satisfeitos com este torneio. Estas ausências, lembre-se, têm que ver com a participação destes atletas fora, a participarem em formações lá fora. A Laura Nhavene é sempre bem-vinda, apesar de ser uma atleta veterana. Mas apesar da sua veterania, ainda conseguiu ganhar a categoria de singulares senhoras, algo que é de destacar. É preciso também destacar o esforço das mais novas que, apesar de não terem ganhado, creio que colheram alguma experiência. Portanto, dentro deste mundo do ténis, é possível vermos aqui um engajamento, quer dos mais novos quer dos mais velhos. É, digamos, uma festa do ténis.

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