Maputo Internacional Music Festival. Assim se chama o evento musical que pretende animar com entretenimento as ruas da capital do país. O grande objectivo da iniciativa organizada pela BDQ Concertos é dignificar a cidade de Maputo com um festival que seja referência nacional e internacional e, a partir daí, permitir colocar artistas moçambicanos a interagir com os maiores sucessos que vêm do estrangeiro.
A edição inaugural, a realizar-se a partir das 19 horas do dia 15 de Junho, no Campo do Maxaquene, na Baixa da capital, vai contar com autores de quatro países africanos, nomeadamente: Anita Macuácua, Marllen, Dama do Bling, Lourena Nhate, DJ Edilson e DJ Faya (Moçambique), Pérola, Anna Joyce, Edmázia, Filho de Zua e Halison Paixão (Angola), Johnny Ramos, Djodje e Loony Johnson (Cabo Verde) e DJ Shizma (África do Sul).
Com efeito, como se pode constatar, em termos de estilos e ritmos musicais, o Maputo Internacional Music Festival não irá restringir-se a uma preferência. Longe disso, segundo Belmiro Quive, o promotor do evento, vai procurar ser o mais eclético possível, explorando o melhor da diversidade nacional e de outras latitudes. Ainda assim, a primeira edição do festival terá predominância de música kizomba, passada, marrabenta e pandza.
De acordo com a organização, o novo festival musical é pensado a longo prazo e vai atrair atenção do público proveniente de vários cantos do mundo. Para o efeito, há em manga um plano pragmático de trazer a Moçambique nomes sonantes da música, casos de Brian Adams, Dire Straits e Lionel Richie. “Este tipo de artistas vai contribuir para logo cedo o festival ganhar reputação internacional e atrair muitos turistas nas datas em que passará a realizar-se”, garante optimista Belmiro Quive, igualmente promotor de eventos como Moments of Jazz e Noite de Guitarra, na cidade de Maputo.
Aos apreciadores do jazz ou de autores como Jimmy Dludlu, Billy Ocean, George Benson, Richard Bona e Norman Brown, que há poucos anos actuaram ou para o Moments of Jazz ou para Noite de Guitarra, Quive tranquiliza, garantido que o Maputo Internacional Music Festival não vai pôr em causa a continuidade daquelas linhas de espectáculos já em vigor no modelo semestral. Com a criação de novo festival, a ideia também é levar a música a um auditório cada vez mais diversificado e exigente.
A edição de estreia do Maputo Internacional Music Festival vai durar 10 horas, isto é, deverá iniciar às 19 e terminar às 5 horas da manhã. O programa está a ser preparado para oito mil pessoas, sendo que Maxaquene é o local escolhido porque, na escassez de locais para acolher tanta gente com o conforto que se pretende, aquele campo mostrou-se o local ideal.
À parte a iniciativa de trazer músicos com elevado reconhecimento internacional ao país, com o Maputo Internacional Music Festival a BDQ Concertos pretende dar azo ao grande objectivo de colocar artistas nacionais noutros palcos do mundo. Enquanto isso não acontece, a produtora fundada em 2013 vai somando eventos musicais. O último aconteceu a 29 de Março, no Centro de Conferências Joaquim Chissano, na cidade de Maputo, com actuações de Shalamar, Judith Sephuma, Mi Casa e Deltino Guerreiro.