Milhares de munícipes, membros e simpatizantes da Renamo estiveram na Praça da Independência a acompanhar a cerimónia de empossamento do edil de Quelimane, Manuel de Araújo.
Nas suas primeiras palavras, Manuel de Araújo disse que a sua tomada de posse para o quarto mandato é fruto da coragem dos munícipes de Quelimane. “A CNE tinha nos roubado os resultados, graças a mulheres e jovens desta cidade. Queremos informar a quem de direito que nós estávamos dispostos a marchar até que nos dessem a nossa vitória. Se não nos tivéssemos dado a nossa vitória, não teríamos aqui a tomada de posse” disse Manuel de Araújo.
De Araújo agradeceu ao Presidente da República por aceitar a sua vitória e da Renamo em Quelimane. “ Doeu em mim e a cada um destas mães, homens e jovens que estão aqui, marchar 44 dias sem água. Não era preciso fazer sofrer o nosso povo. Dói-nós a alma que uma senhora condenada em tribunal, condenada a 30 dias de cadeia, e hoje toma posse na sua presença senhora ministra”, disse Manuel de Araújo, em discurso direccionado à ministra da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos.
“Não pode haver justiça quando não há transparência. Os senhores do STAE deviam estar no banco dos réus, mas adiaram o julgamento para uma data não anunciada”, disse de Araújo, acusando o sector de justiça de serem “bandidos”. Foi uma tomada de posse em que Manuel de Araújo fez o seu desabafo, à volta do processo eleitoral. O edil mandou recados aos que gerem o processo eleitoral e não só.
Antes da tomada de posse, 45 membros da assembleia municipal foram investidos, dentre eles 23 da Renamo, 21 da Frelimo e um do MDM. Sucede que um membro da Frelimo não foi investido por estar preso, condenado por ter sido flagrado com boletins de votos durante a realização da votação autárquica do dia 11 de Outubro do ano passado.