Registaram-se momentos de tensão durante a tomada de posse dos membros da assembleia municipal de Quelimane entre Manuel de Araújo, edil de Quelimane, e o Juiz presidente do Tribunal judicial da Zambézia, Paulo Cinco Reis, que dirigiu a cerimónia.
Tudo começou depois de o juiz presidente do tribunal judicial da Zambézia fazer abertura do edital do apuramento das últimas eleições autárquicas. Paulo cinco Reis fez a verificação da identidade e legitimidade dos eleitos. Na acta lida, um dos membros da Frelimo, identificado por Alexandre Luís da Rocha faltou à investidura e as razões invocadas na ocasião foram de motivos desconhecidos.
Foi neste ponto onde começou o problema. Manuel de Araújo reclamou deste facto por entender que se faltou com a verdade. Explicou que Alexandre da Rocha está preso por ter sido encontrado a introduzir boletins de voto nas eleições autárquicas de 11 de Outubro do ano passado, por isso, no seu entender, devia constar na acta lida em público.
“Esta acta não reflecte a justiça, nem aquilo que é do conhecimento público dos munícipes de Quelimane, pelo que peço a retificação, porque todos nós somos munícipes e cidadãos deste país. Todos nós, incluindo a senhora directora da justiça, que esteve no dia do julgamento, sabemos porque é que o senhor Alexandre Rocha não está aqui”, disse Manuel de Araújo paralisando momentaneamente o evento.
Acrescentou que “Alexandre Rocha não está aqui porque ele está preso porque foi apanhado em flagrante delito a meter votos no dia 11 de Outubro, portanto, entendo que não pode ser por razões desconhecidas, mas sim pelo que já se sabe. Temos que ser transparentes e termos acção educativa “, frisou.