As manifestações que têm sido convocadas pelo candidato presidencial do PODEMOS, Venâncio Mondlane estão a impactar de forma negativa na fluidez da logística no Porto da Beira, pois os maiores utilizadores do mesmo, os países do Interland, estão muito cautelosos com vista a evitarem danos.
De acordo com a Cornelder de Moçambique, operadora do Terminal do Porto da Beira, em média são movimentados 700 camiões por dia. Contudo, quando há manifestações o movimento baixa para menos da metade.
“Muitas empresas estão cautelosas por isso ontem circulou um número reduzido e durante os dias das manifestações o fluxo rodoviário reduziu muito, depois, quando se sentaram seguros temos 2000 camiões a quererem entrar no porto ao mesmo tempo e em dias recebemos 80 camiões por hora”, revelou Jean de Vries, administrador delegado da Cornelder de Moçambique.
O Porto da Beira é a principal porta de entrada para toda a carga que se desloca de e para Moçambique, assim como dos países do Interland. A redução na fluidez do tráfego, preocupa a Cornelder.
“Está difícil dizer os prejuízos mas os navios estão mais lentos por causa do congestionamento dos camiões. Os navios que dependem desse transporte ficam parados e isso provoca bastantes problemas na fluidez da logistica”, referiu.
As manifestações estão a impactar igualmente nas medidas tomadas para pôr fim ao congestionamento de camiões na entrada para o Porto da Beira.
“Por exemplo, a estrada de sentido único como essas manifestações está difícil de medir o impacto real porque temos dias muito calmos. Você tinha de carregar hoje mas se houve manifestações ou ameaças de manifestações as medidas de exigir documentação as medidas ficam mais difíceis de implementar”, acrescentou.