O Chefe do Estado-Maior General garante que a Província de Cabo Delgado está tranquila, graças à luta das Forças Armadas e o apoio da população. Joaquim Mangrasse presenciou, esta quarta-feira, o encerramento da missão de treino da União Europeia e disse que o apoio do bloco foi essencial para tranquilizar Cabo Delgado.
Foi hasteada, pela última vez, esta quarta-feira, a bandeira da União Europeia, pela Missão de Formação Militar deste bloco em Moçambique.
Lançado em 2021 para ajudar com estratégias de combate ao terrorismo, o programa terminou esta quarta-feira, uma ocasião que serviu para o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas moçambicanas fazer o ponto de situação sobre a segurança em Cabo Delgado.
“Terrorismo é uma nova ameaça que não tem bandeira e não tem casa. Estamos todos com esse desafio e penso que a situação de Cabo Delgado, neste momento, está controlada. Estou certo que há muita tranquilidade, as actividades estão a correr com naturalidade e nós estamos prontos a continuar a dar o sossego necessário para o nosso Moçambique e aos Mocambicanos”, afirmou Joaquim Mangrasse, Chefe do Estado-Maior General das FADM.
Apesar dos recentes relatos de funcionários públicos que continuam a abandonar algumas zonas afectadas, Mangrasse afirma que a província está a desenvolver.
“Eu sou militar, a minha missão é de conduzir as operações, e fiz. Por isso, digo que os ganhos operacionais permitem que o desenvolvimento prossiga e está acontecendo”, apontou.
Essa tranquilidade, segundo o Chefe do Estado-Maior General, resulta, em parte, do apoio que a União Europeia prestou, treinando militares moçambicanos para combater o terrorismo.
“É um combate extremamente difícil, de pessoas que recrutam crianças com pouca idade para combater. O impacto que avaliamos é positivo porque preparamos melhor os soldados moçambicanos para enfrentar esta dura realidade que não segue qualquer tipo de regras e não tem qualquer tipo de escrúpulos nas suas acções”, afirmou João Gonçalves, Comandante da Força de Treino da União Europeia em Moçambique
Durante três anos, a missão da União Europeia treinou cerca de 1800 militares moçambicanos. Com o fim da missão de treino, iniciou-se, esta quarta-feira, uma nova etapa de assistência militar.