O Município da vila de Mandlakazi celebrou neste domingo 68 anos de elevação a esta categoria. São anos marcados por mudanças, ganhos, mas ainda prevalecem desafios estruturantes de melhoria de serviços sociais básicos, recolha de resíduos sólidos e venda informal.
Os munícipes de Mandlakazi, que assinala este Domingo 68 anos de elevação à categoria de vila, exigem soluções estruturantes para melhoria e expansão da rede elétrica, abastecimento de água, saneamento do meio e organização da venda informal.
“Pelo meu entender, vejo que ainda a vila continua estagnada. Enquanto isso, deixa a desejar mais na área da agricultura, melhoria de vias de acesso. Então, precisamos de mais saneamento do meio ambiente, queremos ver a vila totalmente limpa e organizada. A organização em que nos encontramos não é das melhores, precisamos de mais organização, mais rigorosidade ao trabalho e sinceridade” ,frisou, Hermínio Novel, munícipe da vila de Mandlakazi.
Já os líderes comunitários apontaram, por sua vez, a escassez de oportunidades de emprego como um dos maiores desafios para a subsistência das famílias. Além de considerar que a fraca qualidade das vias de acesso retira brilho da histórica da vila.
Entretanto, há mudanças e avanços registados, principalmente nos últimos cinco anos que, de acordo com os cidadãos, precisam de ser aprimorados para acelerar o progresso da vila.
“Houve um avanço melhorado na asfaltagem e a expansão de bairros, o que deveria melhorar a recolha de lixo. Há canalização de água, mas o consumidor não consegue ter acesso àquela água, por exemplo, em algumas zonas altas”, disse outro munícipe.
Sobre preocupações que tiram sono aos munícipes, a presidente da vila autárquica de Mandlakazi, Francelina Nhantumbo, destacou a necessidade de envolvimento dos munícipes nas realizações da edilidade, em particular através do pagamento de impostos, taxas e outras obrigações fiscais. A autarca frisou que só assim o executivo municipal terá estrutura financeira para reforçar a sua capacidade de resposta.
“Pagando taxa e imposto. Depois das manifestações do ano passado, reduzimos drasticamente, onde reduzimos até 90%. Quer dizer que aquilo que era a nossa arrecadação, reduzimos”, lamentou a autarca, sublinhando que “houve uma montagem de um PT no bairro de Ligaguene, este PT é de um privado. Então, queremos acreditar que trabalhando com o Governo Central e com os parceiros podemos concretizar este sonho de eletrificar os nossos bairros”
E, mais sobre desemprego, garantiu que o município está a mobilizar parceiros para investir em projectos de desenvolvimento. E, Acrescentou, ainda, que o Fundo de Desenvolvimento Económico Local constitui uma oportunidade para alavancar o empreendedorismo na autárquica, tendo em conta o impacto dos protestos pós-eleitorais no seio da classe.
Por sua vez, a Governadora de Gaza, Margarida Mapandzene, considera que o novo executivo municipal deve transformar o potencial agrário em ganhos económicos para a promoção do emprego.
“Desde a produção de alimentos até a criação de micro-indústrias que beneficiam da proximidade da vila gerando emprego, sobretudo, para a nossa juventude”, desafiou.
A vila municipal Mandlakazi tem uma população estimada em mais de 57 mil habitantes.

