A Malásia anunciou hoje a instauração de processos judiciais contra 17 atuais e ex-directores de três subsidiárias do grupo financeiro Goldman Sachs, no seguimento do escândalo relacionado com o fundo soberano malaio 1MDB.
O desvio de milhares de milhões de euros do fundo 1MDB motivou múltiplas investigações judiciais e contribuiu para a queda do ex-primeiro-ministro da Malásia Najib Razak, acusado de corrupção.
O caso envolve supostamente o grupo financeiro norte-americano Goldman Sachs, suspeito de ter ajudado a efetuar os alegados desvios.
"Os processos criminais foram lançados hoje (…) contra 17 atuais e ex-diretores (…) de três subsidiárias do banco de investimento Goldman Sachs", disse em comunicado citado pela agência Lusa o Procurador-Geral da Malásia, Tommy Thomas.
"Prisões e multas serão exigidas contra os réus, dada a gravidade da fraude, bem como a devolução de milhares de milhões de dólares", acrescentou.
Esta parte do inquérito centra-se no papel do gigante financeiro em emissões de títulos de mais de 6,5 mil milhões de dólares para o fundo do 1MDB.
No comunicado mencionam-se os nomes das 17 pessoas processadas, que eram directores das subsidiárias da Goldman Sachs em questão entre maio de 2012 e março de 2013.
O processo foi lançado em Dezembro na Malásia contra três subsidiárias, a Goldman Sachs International, a Goldman Sachs (Ásia) e a Goldman Sachs (Singapura), e dois ex-funcionários, Tim Leissner e Ng Chong Hwa.
O Goldman Sachs respondeu, acusando o ex-governo da Malásia e os gerentes de fundos soberanos de terem mentido sobre o caso.