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Mais da metade das escolas que dão 10ª classe estão fechadas em Nampula

Em toda a província de, das escolas que leccionam a 10ª classe apenas 47.1% é que voltaram às aulas presenciais. Já na 12ª classe,30% continuam fechadas, três semanas depois da retoma gradual decidida pelo Governo. A falta de condições nos sanitários é a principal causa.

A província de Nampula (a mais populosa do país) conta actualmente com 94 escolas secundárias, dentre públicas e privadas, queleccionam a 10ª classe  (menos duas) e até esta quarta-feira, 47.1% é que tinham retomado às aulas presenciais. As que dão a 12ª classe (em que muitas delas também leccionam a 10ª classe) são 126, dentre públicas e privadas, dasquais 87 retomaram, perfazendo 69%.

A escola secundária 12 de Outubro, na periferia dacidade de Nampula, conseguiu reunir as condições pontualmente para o retorno àsaulas no início deste mês para a 12ª classe. Esta semana, os alunos da 10ªclasse tiveram a mesma sorte de voltar à escola, mas porque a COVID-19 é umarealidade, as aulas são duas vezes por semana por turmas que foram repartidasem subturmas de 20 alunos no máximo.

“Primeiro, assegurar que temos água suficiente, não dependemos da linha do FIPAG, temos nosso tanque cisterna daí que temos água 24 sobre 24 horas. O segundo aspecto é que asseguramos a existência de pontos delavagem das mãos. Logo na entrada principal, os alunos lavam as mãos e em cada sala também temos um balde e sabão para a higienização das mãos”, assegurou Adelino Bilale, director-adjunto pedagógico daquela escola.

Na escola secundária de Nampula, a que tem maior efectivo na 10ª e 12ª classe ao nível da província, as portas continuam totalmente encerradas porque está em curso o processo de reabilitação desanitários. Ao todo são 14 existentes no recinto escolar, todavia, apenas cinco é que estão a ser intervencionadas neste momento, sendo que o trabalho decorre por blocos para permitir que assim que terminarem vai se abrindo gradualmente, enquanto se trabalha noutros blocos.

Por enquanto, não há datas concretas para a reabertura das portas, tal como soubemos do respectivo director pedagógico. Já na escola secundária 22 de Agosto, localizada nodistrito de Nampula, a realidade é a mesma: portas fechadas e obras de construção de raiz de sanitários para cumprir com as novas exigências impostaspela pandemia da COVID-19, também sem data para o reinício das aulas.

Esta situação deixa os alunos afectados/prejudicados, assim como os encarregados deeducação perplexos, pois são classes com exame e esse é de âmbito nacional enão por região ou escola, mas a porta-voz da direcção provincial de Educação e Desenvolvimento Humano em Nampula, Caetana Cunhete, não vê problema.

“Já estamos a trabalhar, o sector pedagógico, através das direcções das escolas e as direcções distritais, estamos a desenhar planos de recuperação dessas aulas nas escolas que ainda estão com este atraso. Estamos seguros que vamos conseguir recuperar as aulas, estamos a tercapacitação com os professores de modo a conseguirmos ajustar”, garantiu.

A reabilitação e/ou construção de sanitários nopaís custo 3.5 mil milhões de meticais e faz parte de um plano de emergência, devido à necessidade de higienização das mãos e a retoma gradual das aulas.

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