Aproximadamente mil vendedores informais retirados dos passeios da vila de Boane, na província de Maputo, estão a erguer seu próprio mercado num espaço identificado pela edilidade. Os comerciantes queixam-se da falta de energia e sanitários no novo local, mas a edilidade diz que preocupações estão com dias contados.
Cidália de Lurdes é vendedeira nos passeios da vila de Boane há mais de 20 anos. Com negócio de costura, a mulher de 40 anos de idade sustenta a sua família.
E porque Cidália e tantos outros vendedores que exerciam suas actividades nas bermas da estrada no município de Boane corriam perigo, a edilidade retirou todos os vendedores para um novo local, considerado seguro para o comércio.
Um dado que chama atenção no mercado em causa é o facto de serem os próprios vendedores a erguerem suas bancas, sendo que o município se encarregou apenas de indicar um espaço para o efeito.
Ao todo, são 600 lojas que estão a ser construídas no local que o edil de Boane chama de Centro Comercial, além daqueles vendedores que vão fazer negócio em pequenas bancas, totalizando, assim, um pouco mais de mil comerciantes que ocupam este espaço.
Quanto à preocupação levantada pelos vendedores, no que diz respeito à água, luz, sanitários e clientes no novo mercado, o presidente do município de Boane, Jacinto Loureiro, assegura que o problema será resolvido em breve.
Ainda não há datas para a conclusão das obras, mas, segundo Loureiro, as mesmas estão num ritmo acelerado e até finais deste ano o novo mercado poderá entrar em funcionamento.