Em pouco mais de uma semana, mais de 90 mil pessoas tiveram de deixar suas casas no Líbano devido aos bombardeamentos de Israel. Telavive diz que os ataques são uma preparação para a possível entrada de militares por terra.
Ao todo, são 90.530 libaneses que saíram das suas residências, em consequência dos bombardeamentos das Forças de Defesa de Israel, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações.
Cerca de 40 mil pessoas procuraram refúgio em 283 abrigos no país e milhares fugiram para a Síria.
Os militares de Israel lançaram panfletos no território libanês horas antes de iniciar uma série de bombardeamentos, no início da semana passada, apelando para que todos aqueles que residem perto de posições do Hezbollah buscassem abrigo.
A escalada de tensão na fronteira entre Israel e Líbano aumentou na última semana, quando dispositivos de comunicação usados pelo Hezbollah explodiram. O grupo extremista acusou Israel pelo ataque.
Na segunda-feira, as Forças de Defesa de Israel iniciaram uma série de ataques aéreos contra supostas bases do Hezbollah em diferentes áreas do território libanês, tendo sido considerado este o dia mais sangrento da história do país, pelo menos desde a guerra de 2006.
O Ministério da Saúde do Líbano afirma que mais de 600 pessoas morreram desde esta nova escalada de ataques, iniciada na semana finda, 51 dos quais esta quarta-feira.
Ataques entre as partes já vinham ocorrendo desde Outubro de 2023, quando o Hezbollah começou a disparar foguetes em solidariedade ao palestinianos em Gaza, território que é alvo de uma ofensiva de Israel contra o Hamas depois que o grupo promoveu um atentado terrorista que deixou 1.200 mortos no sul do país.
Lembre-se, o Conselho de Segurança das Nações Unidas reuniu-se de emergência esta quarta-feira para discutir a situação no Líbano. Entretanto, não há ainda informações sobre as decisões do órgão. À margem do evento, os Estados Unidos da América, a União Europeia e vários países árabes pediram um cessar-fogo imediato de 21 dias no Líbano.