Mais de 55 mil pessoas estão em situação de insegurança alimentar aguda, na província de Inhambane. Este dado foi avançado pelo Governador de Inhambane, Eduardo Mussanhane, que acrescentou que, do ano passado a esta parte, houve um aumento de mais de 17 mil pessoas.
Por um lado, o fenómeno El Niño, que leva a escassez de chuva, por outro, o excesso de chuva, que leva às inundações de campos agrícolas. Estes cenários empurram muitas famílias para situação de insegurança alimentar, que aumentou de forma considerável nos últimos meses.
“Os dados recentes, se comparados com os de 2023, que registou 30 017 pessoas em situação de insegurança alimentar, demostram um aumento em cerca de 17 mil pessoas, o que equivale a 8%. É importante fazer referência ao porquê desta situação, não nos esqueçamos que em 2023, e no início deste ano, a província de Inhambane foi assolada por situações climáticas adversas à condição de produção de alimentos”.
A previsão climática não é das melhores e, por isso, a situação de insegurança alimentar pode aumentar nos próximos meses.
“Aqui projectamos que, ao nível dos distritos visitados, um cenário pior que de Outubro de 2024 a Março de 2025, salvo se as condições agroclimáticas melhorem, para o mesmo período projecta-se que os distritos de Funhalouro, Govuro, Mabote e Panda estejam na fase três da EPC, com excepção do distrito de Vilankulo, que poderá permanecer na fase dois”, explicou Elvira Chaúque, directora Provincial de Actividades Económicas.
Entre os mais assolados pela insegurança alimentar, estão os distritos de Funhalouro e Panda que juntos têm 20 mil pessoas em insegurança alimentar.