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Mais de 300 mil pessoas em risco de fome severa no norte do Quênia 

Mais de 300 mil pessoas estão em risco de enfrentar a fome severa no campo de refugiados de Kakuma, norte do Quênia, após novos cortes de produtos alimentares através do Programa Mundial de Alimentos. A maioria dos refugiados vem do Sudão do Sul, Etiópia, Burundi e República Democrática do Congo.

O Programa Mundial de Alimentação reduziu as rações mensais dos refugiados para 3 quilos de arroz, 1 quilo de ervilha e meio litro de óleo de cozinha por pessoa. Antes, a recomendação das Nações Unidas era de pelo menos 9 quilos de cereais por mês.

Com a suspensão das transferências de dinheiro, usadas para comprar vegetais e proteínas, aumentaram os casos de desnutrição, especialmente em crianças, mulheres grávidas e lactantes. Só em abril, 15 crianças morreram de fome no hospital principal de Kakuma.

A revolta levou milhares às ruas do próprio campo, num protesto simbólico com panelas vazias. O protesto terminou em confronto com a polícia e pelo menos quatro pessoas ficaram feridas.

A crise deve-se, sobretudo, aos cortes de financiamento internacional, especialmente por parte dos Estados Unidos, que financiavam quase 70% das operações do PMA. Sem esses fundos, a ajuda humanitária foi drasticamente reduzida.

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