A greve geral convocada pelo movimento pró-democracia causou o cancelamento de mais de 200 voos. Um terço dos controladores de tráfego aéreo juntou-se ao protesto contra as emendas à lei da extradição e está a condicionar fortemente as operações no Aeroporto Internacional de Hong Kong.
Aquele que é um dos aeroportos mais movimentados do mundo reduziu drasticamente as suas operações de voo e está a utilizar apenas uma das duas habituais pistas, escreve a LUSA.
Os protestos de hoje, após dois dias de confrontos entre manifestantes e a polícia, já causaram a suspensão total ou parcial de pelos menos oito linhas de metro.
O serviço de comboio rápido que liga o centro da cidade ao aeroporto também foi suspenso.
Hong Kong vive há dois meses um clima de contestação social desencadeado pela apresentação de uma proposta de alteração à lei da extradição, que permitiria ao Governo e aos tribunais da região administrativa especial a extradição de suspeitos de crimes para jurisdições sem acordos prévios, como é o caso da China continental.
A proposta foi, entretanto, suspensa, mas as manifestações generalizaram-se e denunciam agora aquilo que os manifestantes afirmam ser uma "erosão das liberdades" na antiga colónia britânica.