Os clubes de Chibuto, Costa do Sol, Ferroviários da Beira e de Maputo, recebem, hoje, na sede da Federação Moçambicana de Futebol, os seus certificados de licenciamento, depois que cumpriram com todas as exigências da CAF e da FIFA, nomeadamente os critérios desportivos, as infra-estruturas administrativas e pessoal, legal e financeiro, para serem clubes reconhecidos nacional e internacionalmente.
Estes quatro emblemas juntam-se à Liga Desportiva de Maputo e a União Desportiva de Songo, que já o fizeram, enquanto os restantes clubes que disputam o Moçambola Zap estão ainda a caminho. Após se licenciarem, dependendo de cada caso, o clube pode ser considerado de categoria A, B ou C.
Uma das exigências que embaraça os clubes é a obrigatoriedade de apresentação de infra-estruturas desportivas em condições para treinos e jogos, havendo colectividades que treinam e recebem adversários em terrenos emprestados, casos do Maxaquene (que joga no Estádio Nacional do Zimpeto), 1º de Maio de Quelimane (que realiza jogos no campo do Ferroviário de Quelimane) e Associação Desportiva de Macuácua (que tem de se deslocar a Chibuto), bem como clubes que não usam seus próprios campos, mas têm feito jogos em campos municipais, casos da UP de Lichinga.
Por outro lado, é exigido aos clubes a apresentação de balancetes bancários auditados, uma prática rara mesmo nos principais clubes do futebol moçambicano.
Há ainda a obrigatoriedade dos clubes movimentarem os escalões de formação e apresentarem as reais condições em que os petizes jogam, como técnicos qualificados e infra-estruturas próprias, para além de estatutos próprios do clube.
Estes critérios têm dificultado, sobremaneira, aos clubes moçambicanos que não tenham bases seguras para o seu licenciamento. Entretanto, sabe-se que a Federação Moçambicana de Futebol tem estado a fazer um trabalho com os clubes para que estes consigam regularizar sua situação de legalizar os clubes.