Duas “bombas” que vão, certamente, agitar o mercado de transferências do basquetebol moçambicano.
Contrariando os versos de Rui Veloso “nunca voltes ao lugar onde já foste feliz/por muito que o coração diga”, Octávio Gregório Magoliço assinou contrato com o Costa do Sol, clube no qual sagrou-se campeão em 2001 no pavilhão do Desportos da Beira. O único, diga-se, conquistado por esta colectividade que chegou à “caixa de fósforos” como “outsider”.
É o regresso de Maguila ao seu clube de formação, hoje por hoje com robustez financeira e grandes investimentos na modalidade da bola ao cesto.
A contratação de Maguila constitui uma mais-valia na posição cinco para os vice-campeões que já contam com o musculado Egídio Zandamela, Asmilton Ribeiro, Carlos Chirindza e Daniel Maveure.
Maguila chega a um “galáctico” e ambicioso Costa do Sol depois de, na última edição da Liga Moçambicana de Basquetebol Mozal, ter sido emprestado à Universidade Pedagógica pelo Ferroviário de Maputo.
Porque vem de longe, Octávio Magoliço é actualmente o basquetebolista moçambicano com mais presenças no Afrobasket: seis.
Magoliço falhou, por lesão, o "Afrobasket" 2017, certame conjuntamente organizado pela Tunisina e Senegal. Com apenas 20 anos, estreou-se num campeonato africano disputado em 2005, na Argélia.
Em 2009, Octávio Magoliço experimentou o basquetebol português, representando o Ginásio Figueirense.
A sua ida ao basquetebol profissional português foi graças as excelentes exibições que teve nos Jogos da Lusofonia, em 2009, evento que que teve lugar em Lisboa.
Klaus para fechar….
Melhor jogador (MVP) da Engen Maputo Basket, campeonato da cidade, Klaus Bunguele deixa a A Politécnica e abraça o projecto dos “canarinhos”.
Bunguele foi determinante para que os “universitários” conquistassem, este ano, o inédito título de campeões da cidade de basquetebol sénior masculina.
Bunguele esteve igualmente em destaque em 2018, quando a A Politécnica conquistou a Taça Maputo de basquetebol, após vencer na final o Ferroviário de Maputo, por 75-62.
Na irreverente equipa da A Politécnica, Klaus Bunguele subiu ainda ao pódio (terceiro lugar) da Liga Moçambicana de Basquetebol em 2016, sob comando de Carlos “Bitcho” Niquice, e 2017, na era de José
Com enorme potencial, Klaus Bunguele tem boca capacidade de tiros curto, penetrações e também lançamentos exteriores.
No alto dos seus 1.90 metros, Bunguele tem percurso nas selecções de formação. Disputou, em 2011, em Alexandria, Egipto, o campeonato africano de basquetebol sub-16, terminando o certame com médias de 8.7 pontos/jogo.
Faziam parte desta equipa Hugo Martins, Phinesas Macuane, Elton Ubisse, Nuno Veloso, Carlos Manhiça, Castro Vilankulos, Yuri Chambal e Govino Nangical e Breaton Francisco.
Três anos depois, ou seja, em 2014, representou Moçambique no campeonato africano de sub-18, no Egipto.
O “team” nacional era constituído por Helénio de Melo, Mauro Marques, Klaus Bunguele, Mirlon Parruque, Yuran Temane, Tomás Fijamo, Victorino Júnior, Loren Langa e Tuyo Albino e Ayad Munguambe.
Jonas Faduco dispensado
O base Jonas Faduco, que esta temporada contabilizou pouco tempo de jogo, foi dispensado pelo “coach” Miguel Guambe.
Faduco, que brilhou na A Politécnica em 2016 e 2017, nunca chegou a se impor no Costa do Sol. Com concorrência de Nilton Seifane, o capitão, foi ainda “castigado” por lesões que o impediram de dar o seu contributo à equipa em alguns jogos.
Para a nova temporada, o Costa do Sol não irá contar ainda com Amarildo Matos, ao que tudo indicada já retirado do basquetebol, e Augusto “Gordo” Matos, ele que deverá abraçar novos desafios.