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Magala quer mais cooperação entre Governo, sector público e privado na segurança cibernética

O Ministro dos Transportes e Comunicações diz que a falta de coordenação entre organizações governamentais, do envolvimento do sector privado, de profissionais capacitados, bem como a falta de cooperação internacional limitada constituem alguns dos desafios para a segurança cibernética no país. Na Feira de Tecnologias MozTech, a decorrer na Catembe, em Maputo, Mateus Magala recomendou, esta quarta-feira, a criação de um grupo de trabalho.

O Ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, começou a sua intervenção, na 10a Edição da Feira MOZTECH, dizendo que era seu desejo que todos indivíduos tivessem acesso a um telemóvel e à internet. Entretanto, o essencial do seu discurso esteve concentrado no tema segurança cibernética, num país em que algumas instituições públicas e/ou estatais foram, recentemente, alvos de ataque cibernético.

Mateus Magala lembrou que a segurança cibernética “implica a protecção de computadores, servidores, dispositivos móveis, sistemas electrónicos, redes, dados de informações de pessoas, contra ataques de malfeitores” e temeu pela insegurança dos usuários das tecnologias, que incluem também os moçambicanos.

“Não obstante as múltiplas vantagens da digitalização, existem riscos a serem considerados. Se, ontem, o desafio era com o vírus que corrompia os nossos computadores, o acesso às nossas contas de e-mail, hoje, o foco está nos nossos dados, nos serviços financeiros e na tentativa de comprometer a soberania do Estado”, afirmou.

Em Moçambique, há mutos desafios no que diz respeito aos perigos da segurança cibernética. Mateus Magala citou apenas os que considerou mais importantes: a coordenação entre organizações governamentais, a falta de envolvimento do sector privado, a falta de profissionais qualificados na matéria, a norma limitada de segurança cibernética específica das indústrias, a cooperação internacional limitada, o quadro jurídico e regulador limitado para a protecção de dados e consciência pública limitada.

 

COMO PROTEGER O PAÍS?

Segundo o titular da pasta das comunicações, existe uma necessidade de mais proactividade e cooperação entre o Governo, o sector privado e o público.

“Temos que desenvolver uma estratégia mais clara e muito mais sistemática, que não só satisfaça os padrões internacionais actuais, mas que coloquem Moçambique no mapa internacional, no que diz respeito à matéria. Neste sentido, temos três grandes intervenientes: o Governo, o Sector Privado e o Público”, disse Mateus Magala.

Alem disso, “devemos efectuar a transformação necessária de acordo com as três linhas seguintes: avaliar e defender as actuais infra-estruturas críticas a nível nacional; moldar e investir nas forças do mercado para promover a segurança e a resiliência; e, por último, conceber e aplicar uma estratégia para manter relações internacionais para objectivos comuns”, acrescentou.

Neste sentido, Mateus Magala entende que o Governo deve ter um papel de convocação, levar todos (sector privado e público, além do próprio Governo) à mesa para coordenar as actividades.

Magala recomendou a criação de um grupo de trabalho sobre a Segurança Cibernética para a protecção de infra-estruturas críticas no país.

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